Luanda - A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA, EP) declara não corresponder à verdade o texto publicado no site do Club-K segundo qual o seu Presidente do Conselho de Administração terá sido ordenado pelo Presidente da República a devolver USD 40 milhões ao Erário pela simples razão de que em circunstância nenhuma ter-se-á beneficiado desse valor durante a construção do Hotel Diamante, inaugurado em Fevereiro passado na capital do país.

Fonte: Club-k.net/Endiama

Em contacto telefónico com a redacção do Club-K, um oficial do Gabinete de Marketing e Comunicação Institucional assegurou que “a notícia é completamente infundada” e “lamenta o facto de o Club-K não se ter dado ao trabalho de ouvir a outra parte, traduzido no princípio do contraditório, que é uma obrigação elementar do exercício jornalístico, de modo a que os leitores tenham uma visão real e imparcial dos factos”.

 

De acordo com o interlocutor, “a estrutura sobre a qual foi construído o Hotel Diamante era 100% da ENDIAMA e havia o projecto de transforma-lá numa unidade hoteleira. Como o investimento ficaria extremamente oneroso para a companhia, esta decidiu buscar uma parceira chinesa que disponibilizou o montante necessário e realizou a obra de construção do empreendimento”.

 

A empresa em causa, segundo nos revelou o oficial de imprensa, é a China Guangxi. “O Hotel Diamante não foi construído com fundos públicos mas sim com fundos privados, com base na parceria estratégica que a companhia estabeleceu no mercado, tendo sempre em vista o melhor para a empresa e o país”, assegurou antes de adiantar que, “por isso mesmo, a ENDIAMA teve que ceder à parte chinesa 49% do total de capital que tinha, ficando com 51% ao abrigo desse acordo”.

 

Explicou também que ao abrigo das cláusulas do contrato de financiamento e construção celebrado com a China Guangxi, a ENDIAMA não movimentava dinheiro nenhum, sendo esta uma competência atribuída à parte chinesa, que procedeu à construção do hotel às suas expensas.

 

Fazendo fé nas palavras do interlocutor, os USD 88 milhões atribuídos pelo Club-K à construção são “disparatadamente irreais, uma anedota. 88 milhões é alto de mais; pois que o valor real está abaixo de USD 30 milhões”.

 

Referiu também que ligar a evacuação do PCA da ENDIAMA a uma pretensa chamada do Presidente da República para prestação de contas “é completamente falso e infundado ”, além de que “quem passou essa informação agiu claramente de má fé, com o propósito inequívoco de lesar a empresa e o seu Conselho de Administração ”.