Luanda - Há 40 anos, um grande angolano, sob cuja sombra simbólica nos encontramos hoje, assinava a Proclamação da Independência de Angola. Esse decreto fundamental foi como um raio de luz de esperança para milhões de escravos angolanos que tinham sido martirizados a açoites nas costas por uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para terminar a longa marcha da escravatura.

Fonte: Club-k.net

Dr. António Agostinho Neto, conduzia a luta armada ao favor da independência sempre no nível elevado da dignidade e disciplina. Não devendo – se deixar que o seu protesto realizado de uma forma criativa degenerasse na violência física apenas. Teve de erguer às alturas majestosas para enfrentar a força física com a força da consciência, mas como as barreiras impostas pela ira colonial ultrapassavam a voz da liberdade, a guerra foi um facto necessário e imposto como solução.

 

Esta maravilhosa luta pela libertação de Angola que é comemorada pelos angolanos nos dias 17 de Setembro, constitui o nosso marco histórico, pois muitos dos nossos avós morreram por esta liberdade, estamos conscientes de que os seus destinos estão ligados ao nosso destino, e que sua liberdade está intrinsecamente ligada à nossa liberdade.

 

A história jamais se verá isenta em exaltar os feitos de quão emblemática figura, mediante a qual, suscitou a voz da emancipação desde 1975, mas sobre tudo, esta figura abriu um novo horizonte para Angola à luz de uma completa liberdade, dando brilho a factos sem brilho, a história se apressa em relevar seus feitos, que jamais serão esquecidos por aqueles que nasceram, nascem e vivem em Angola, sua figura marca desde épocas da libertação nacional, atravessando fronteiras históricas até aos nossos dias, o presidente Neto é a marca da própria angolanidade, o seu nome soa em todas as páginas que revestem a liberdade histórica e a proclamação da independência.

 

Os maravilhosos factos que iluminam a história de Angola, passaram em momentos espinhosos, momentos em que as lágrimas eram a única bengala para apoiar as lamúrias que Angola se via abraçar advinda de uma escravidão sem limites, neste prisma, a pessoa do Presidente Neto, esteve sempre em frente dos factos impossíveis, impondo aos fenómenos que definiam o país uma nova versão para o seu decurso, a liberdade. A magnitude do Excelentíssimo Presidente Neto sobre a angolanidade desafia a toda a prova a própria história que lhe define, porque é tão diferente de tudo o que se vê através da história no passado. Sua magnitude, seu entusiasmo e seu carácter frio e humilde são típicos dos maiores heróis e líderes que a história universal fotografou, sua amplitude em liderança como nacionalista e guerreiro em prol da angolanidade transcendem os nossos sentidos, somente comparado a maior figura política da história Angolana, cujo nome está timbrado na conquista da Paz, da democracia e no renascer de uma nova Angola, o seu sucessor. As novas gerações devem aprender com a história que, sem esta nobre figura Angolana, o presente que vivemos não seria nosso.

 

Mas o impacto do Presidente Neto, não se realizou de forma singular, teve sempre a seu lado um pilar que lhe servia de fortaleza para aliviar a angústia nos momentos cruciais, nos momentos impossíveis, onde a solução parece ser impossível, essa pessoa inundava de apoio incondicional para esta inédita figura angolana, o pilar da sua família, o amor da sua vida, essa pessoa é a És primeira-dama da Nação Maria Eugénia Neto, daí realiza – se o adágio popular, ao lado de um grande homem está uma grande mulher.

 

O Excelentíssimo líder Dr. Agostinho Neto, representa para Angola tão grande sacrifício que por amabilidade o fez de forma patriótica. Fez - o ao meu país como dever de consciência, friamente, serenamente cumprido, presidente Neto é exemplo de verdadeiro patriotismo, tal quanto o faz a figura política de realce actual.

 

Tomou, apesar de tudo, uma pesada tarefa que concernia a luta pela independência de Angola, a luta pela materialização da liberdade. Temos hoje nós a certeza de que foi Deus quem lhos enviou, para que as acções projectadas pelo criador encontrassem espaço entre humanos angolanos. Debalde, porém, se esperaria que milagrosamente, por efeito de varra mágica, mudassem as circunstâncias da história angolana, sem a participação efectiva de uma personagem única. Pouco mesmo se conseguiria se o País não estivesse disposto a todos os sacrifícios necessários e a acompanhar - lhe com confiança na sua inteligência, na sua honestidade
confiança absoluta mas serena, calma, sem entusiasmos exagerados nem desânimos depressivos.

Ele apontou Angola sobre o caminho certo e racional que Angola merecia trilhar, sobre os motivos e a significação de tudo que visa engrandecer a liberdade do angolano; ele  teve sempre ao seu dispor todos os elementos necessários ao juízo da situação vivenciada.

Quero enaltecer com honra sublime o herói nacional, herói entre os heróis, que o povo angolano se dirige singularmente em homenagem a esta pessoa, pelo papel incontornável na dimensão nacional, não por aquilo que esta figura representa de motivo de entusiamos para o país, mas pelo que traduz de apoio necessário à Angola que todos desejam ver continuamente realizada.