Lisboa – O activista cívico Raul Mandela, considera que o   ministro da Justiça de Angola, Rui Jorge Mangueira desconhece a realidade sobre a situação dos direitos humanos em Angola.

Fonte: Club-k.net

“Ele desconhece a realidade dos direitos humanos no   país”

Afirmação de Mandela surge em reação as declarações do governante feitas em Cabo-Verde em que negou a existência de violações dos direitos humanos no país, assegurando que as leis têm sido cumpridas e que todas as questões devem ser tratadas em Tribunal.

 

“Eu penso que ele desconhece a realidade do país no que concerne a questão de respeito pelos direitos humanos”, disse Mandela dando exemplo das manifestações pacificas promovidas pelo Movimento Revolucionário que acabam sendo impedidas com repressão por parte da Polícia Nacional.

 

“O Ministro também disse que em Angola respeita-se as manifestações, eu não sei se ele estava a se referir as passeatas do MPLA, porque as nossas manifestações pacificas tem sido sempre abortada pela policia, por isso eu deixo um apelo ao ministro Rui Mangueira, para que deixe de mentir”, disse.

 

Raúl Mandela desafia o ministro da justiça a comparecer “numa manifestação convocada por nos para ver a forma que somos maltratados pelos agentes da policia, por se não sabe o que significa direito humanos, que passe a perguntar”.

 

Desde 2011, que as autoridades angolanas tem sido denunciadas pela praticas de violência contra ativistas no país. Em Maio de 2012, o executivo liderado pelo Presidente José Eduardo dos Santos raptou e executou dois ativistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue  quando exerciam os seus direitos constitucionais de se manifestarem em favor dos subsídios dos antigos combatentes.

 

De inicio o executivo negava que os tivessem morto mas mais tarde acabou por admitir as execuções apos pressões da comunidade nacional e internacional.

 

Há poucas semanas atrás, o ativistas Raul Mandela foi brutalmente espancado pela Polícia Nacional e com graves ferimentos na cabeça por ter realizado uma manifestação exigindo a libertação de 15 presos políticos acusados de tentativa de golpe de Estado contra o Presidente José Eduardo dos Santos.