Lisboa - O general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” é identificado em meios competentes, como o dirigente do regime que mais se revela flexível pela libertação dos 15 jovens activistas acusados pela Procuradoria Geral da República, de actos preparativos para a deposição do poder (Golpe de Estado).

 Fonte: Club-k.net

Regime entende que soltura  pode desacreditar  o governo

De acordo com constatações dos referidos meios, o indicador mais visível da flexibilidade identificada no general “Kopelipa”, foi sentido, a margem de uma abordagem sobre o tema com o Procurador Geral da República, João Maria de Sousa, há dois meses, quando o Presidente José Eduardo dos Santos (JES) se encontrava de retiro pela cidade de Barcelona.

 

Nos termos das démarches foram ainda verificados no general posição de recuo na pretensão de uma solução ao caso do jovens. Alega-se que terá recuado por notar que as autoridades teriam levado o assunto para extremos que resultaram acusações graves contra os detidos.

 

Analistas do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), órgão que funciona na esfera da PR teriam também estudado o assunto tendo concluído que uma eventual soltura por decisão presidencial, desacreditaria o governo angolano devido as acusações e imputações que foram levantadas contra os jovens. Os referidos analistas sugerem como desfecho que o caso deve ir a Tribunal, para eles serem condenado, e depois de um ano ou seis meses serem devolvidos a liberdade por força de um recurso ao Tribunal Supremo de Angola.

 

A detenção dos jovens ativistas ocorrida em Junho passado, ocorreu no seguimento de um acompanhamento por uma equipa dos   Serviços de Inteligência e Segurança de Estado agindo em coordenação de um alto funcionário Mateus Vilembo. A equipa teria infiltrado, no seio  dos jovens, um agente que teve a missão de fazer gravações dos debates que os rapazes tinham em torno do livro “da ditadura a democracia”

 

De acordo com conhecimento, a equipa do SINSE teria remetido um relatório informando sobre os debates dos jovens. Porém, uma alta patente dos Serviços de Inteligência Militar, que tomou conhecimento das discussões (exposta nas filmagens), terá interpretado o seu teor como planos para “derrube do poder” tendo acionado os órgãos de justiça para a detenção dos ativistas.

 

No seio de uma ala do regime, surgiram  fortes suspeitas de que esta “alta patente” da secreta militar terá feito aproveitamento do caso dos jovens para justificar trabalho visto que estava prestes a ser reformado em Agosto passado. Na véspera dos preparativos para o seu licenciamento à reforma, a “alta patente” requereu que o mantivessem por mais algum tempo no seu cargo justificando que precisaria ainda concluir as suas investigações sobre a tentativa do suposto “golpe de Estado” ao Presidente da República.