Luanda - A situação que “muitos” luandenses estão a viver hoje é de bradar aos céus! Essa situação vem mostrar que há uma gritante falta e/ou insuficiência dos transportes públicos ou ainda uma aderência aos transportes públicos apenas por uma franja muito específica da nossa sociedade. O noticiário das 13h00 da rádio 99.1 limitou-se a olhar de forma crítica ao comportamento “Vândalo” de alguns elementos, supostamente identificados como sendo taxistas e cobradores.

Fonte: Club-k.net

Numa outra perspectiva aferiram a ilegalidade do acto, a partir de um interlocutor identificado como vice-presidente de uma nova corrente ligada a associação de taxistas. Já o noticiário da RNA teve como manchete a detenção de alguns elementos, que serão submetidos a um julgamento sumário. Tudo ligado a um fenómeno de segundo grau, isto é a forma repudiante como alguns elementos encararam a situação. Não me proponho a advocar causa nenhuma.

A minha preocupação vai ao encontro do fenómeno de primeiro grau ou seja a questão de fundo que originou toda essa “palhaçada”, que é a falta e/ou insuficiência de paragens para quem presta esse serviço, o que tem sido motivo para um romance muito apreciado entre os agentes da policia de transito e os taxistas, além do risco que os passageiros correm pela forma repentina que os taxistas têm que abandonar as paragens para não serem alvos de alguma multa e/ou saldo, já que a gasosa vai caindo em desuso, apenas para variar.

Não vi e nem ouvi pronunciamento algum que visou esclarecer ou mostrar alguma iniciativa em resolver essa questão. O povo contínua na incerteza do amanhã, muitas famílias ficaram sem o pão hoje e as que conseguiram foi com imenso sacrifício apeando quilómetros.

O meu apelo vai no sentido de deixarmos de combater àqueles que reivindicam algum direito e unirmos sinergias para combatermos as insuficiências para a normal prestação de serviço por parte desses guerreiros - os nossos taxistas. Deixemos para trás atitudes intimidatórias devido a reclamação de um direito. Por favor dêem mais atenção ao que eles estão a reivindicar, criem mais paragens, que as novas vias e os futuros projectos acautelem essas insuficiências.

José António.
Jurista.