Luanda - A Polícia angolana invadiu na tarde desta segunda-feira (12) em Luanda, a paroquia da Nossa Senhora de Fatima, para prender crentes que participavam numa missa de acção de graças a favor da saúde dos presos políticos que se encontram em estado critico.

Fonte: VOA/Club-k.net

Durante a operação, três Adolfo Campos, Baixa de Kassange e Mário Sebastião foram retirados e agredidos  de dentro do templo e levados pela polícia para parte incerta.

 Há igualmente informações indicando que o pároco da Igreja terá sido levado pela Polícia Nacional.

A polícia interditou a via de entrada à igreja e o respectivo parque de estacionamento e não permitia ninguém estacionar.

 

Antes disso, alguns crentes teriam informado que os agentes da Polícia Nacional tiveram um encontro com dois párocos desta mesma igreja, onde falaciosamente insinuaram existia grupo de jovens de um suposto partido da oposição, que estariam a realizar vigílias ilegais em várias igrejas, sem autorização.

 

A missa de hoje segue-se a quatro dias de vigílias na capital angolana a favor dos activistas detidos, em particular de Luaty Beirão que está em greve de fome há 21 dias.

 

Outro detido, Nelson Dibango, iniciou uma greve de fome.

 

Ontem, as cerca de 100 pessoas que participavam da vigília da Igreja da Sagrada Família dispersaram depois de a polícia ter montado um aparatoso esquema e de ameaçar carregar contra os presentes.

 

Na noite de ontem o governo angolano fez sair um comunicado dizendo ter tomado conhecimento de realização de vigílias ilegais. Vários juristas mostraram-se indignados com a conduta do executivo sob liderança do Presidente José Eduardo dos Santos em ter despacho um batalhão de agentes da policia e cães para impedir a vigília tendo estes argumentado que em Angola existe a liberdade de culta. Ou seja a realização de missas ou vigílias não carecem de autorização do governo.