Joanesburgo  - A família de um Engenheiro angolano Loe Chipindu, funcionário da Chevron que teve acidente de trabalho em 2014, em Cabinda solicitou esclarecimento a esta empresa americana no sentido de compreender as motivações que os leva a não assumir as suas responsabilidades.

Fonte: Club-k.net

Director John Baltz suspeito de alterar as estatísticas de acidente  

O acidente aconteceu quando o engenheiro fazia o transbordo de barco ­ Goldblatt Tide para o barco Malembo Tide, este último bateu­lhe, resultando em múltiplas fracturas no tornozelo esquerdo e escoriações em todo corpo. Alega-se que o acidente terá sido provocado por incumprimento das normas de segurança por parte da Chevron.

 

Dada as violações aos direitos humanos, direitos do paciente e também de procedimentos médicos pós­operatório com que a Chevron em Angola viu-se a incorrer, a família do engenheiro designou um mandatário nos Estados Unidos da América que esta incumbido de solicitar também explicações junto do Presidente do Conselho de Administração da Chevron, Sr. John Watson que se encontra em San Ramon, no Estado de Califórnia.

 

Depois de ter sido abandalhado pela petrolífera americana, a família, do engenheiro Loe Chipindu o enviou para Portugal onde permaneceu um ano em tratamento. Em terras de Lusa, fez-se também a remoção dos parafusos que foram colocado pelo Dr. Pedro Miguel, medico ortopedista, na clinica Sagrada Esperança, em Luanda, onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica.

 

Porque que a Chevron abafa este caso?

 

A Chevron nunca assumiu a gravidade deste assunto e tudo fez para minimizar e até anular o caso, num esforço tendente a favorecer as estatísticas dos acidentes de trabalho.

 

Em sectores que acompanham o assunto em Luanda, são unanimes em referir que a Chevron precisa se pronunciar quanto ao caso dos trabalhadores nacionais forçados a trabalhar para beneficiar as estatísticas dos acidentes de trabalho e, por conseguinte, resultar em bónus milionários para os executivos que tenham atingido as metas (business metrics).

 

No seu relatório final de 2014, a Chevron, não faz menção do acidente do engenheiro Loe Chipindu apesar do mesmo ter ficado mais de um ano a tratar da saúde fora do país.

 

Segundo fontes dignas de credito, este plano da Chevron passar a ocultar nos seus relatórios os registros de acidente de trabalho, terá partido de um diretor-gerente   John Baltz. Foi o mesmo que por sinal ao ser informado sobre o acidente do engenheiro Loe Chipindu, em South Sanha, Cabinda, no Sábado, dia 15 de Marco de 2014, alegou   que não queria ouvir falar do assunto. Na altura, ficou apenas um alto funcionário   Steve Hassmann, que ficou encarregado de tratar o caso do trabalhador dando-lhe um mau tratamento supostamente para satisfazer os intentos do seu “managing diretor”.

 

A ideia, segundo pesquisas, era apresentar os resultados do primeiro trimestre sem acidentes, o que veio acontecer.

A carta dos familiares enfurecidos 

Na carta que os familiares do engenheiro Loe Chipindu remetem a Chevron pedido esclarecimento, e que o Club-K teve acesso, os mesmos colocam as seguintes questões aos responsáveis da petrolífera:

 Perguntas aos responsáveis da Chevron

Observando a imagem do RX (Fig.1) é possível afirmar que o trabalhador não foi hospitalizado como dizem os relatórios da Chevron?

O Senhor Watson pode imaginar as dores e sacrifícios a que Loe Chipindu foi submetido para que os senhores classificassem o acidente como o mero Restricted duty", ou seja, ou acidente leve, igual a uma escoriação?

Será que a Chevron tem abordagens diferentes no que tange a responsabilidade corporativa?

Quais são as obrigações ou deveres dos empregados da Chevron que sao forcados a trabalhar (com restrição) na cama adoentados?

Como é que a Chevron aborda Repetitive Stress Injury Prevention (RSIP) ay trabalhadores que estejam acamados (trabalhando com restrição)?

De acordo com a Chevron Way como é que o Senhor John Watson avaliar atitude do seu managing director para com empregado angolano?

Quais são as medidas correctivas que a Chevron tem para com os directores que manipulam os resultados (business metrics)?

O Senhor John Watson confiaria num director geral que orienta, por omissão, ao seu subordinado (Steve Hassmann) a desviar dos valores da Companhia?

Porque é que a denuncia no website hotline não funcionou?

O Senhor John Watson tem números de quantos trabalhadores angolanos têm passado por esta situação?

Dada a situação, qual será a atitude correcta que a Chevron precisa tomar para evitar que o caso volte repetir­-se?

Haverá outra forma de estimular o bom desempenho (garantindo bónus) sem que isso signifique sacrificar trabalhadores nacionais angolanos?

 

De referir que  carta a dos familiares  foi enviada no dia 11 de Setembro, e foi com conhecimento do Secretario de Estado Sr. John Kerry, e a General Attornery Loreta Lynch. A carta não só pede explicações como denuncia e condena veementemente atitude desumana da Chevron.

A família foi contactada pelo prestigiado jornal The Wall Street Journal e demais Europeus, e nacionais interessados na estória. Em Luanda, o caso foi  encaminhando ao  advogado angolano, Dr Pedro Romão. 

 

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