Luanda  – Já estão acessíveis as primeiras imagens do preso político Afonso Mahenda Matias “Mbanza Hamza”, que no passado dia 15 de outubro foi brutalmente espancado pelos guardas prisionais da Comarca Central de Luanda (CCL) sob ordem do diretor-adjunto da Comarca Central de Luanda, superintendente Tima João.

Fonte: Club-k.net

 Acusados de Golpe de Estado  submetidos a maltratos

 Em consequência da tortura que o deixou com ferimentos na testa e em outras partes do corpo o activista detido, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, declarou, há já três dias, greve de fome em protesto ao tratamento desumano que esta a ser submetido pelo executivo sob liderança do Presidente José  Eduardo dos Santos.

 

Quando eram zero horas de hoje, 18 de Outubro, os 5 presos políticos que se encontravam na CCL, nomeadamente: Mbanza Hamza, Benedito Jeremias, Itler Samassuku, Albano Bingo e José Gomes Hata, foram retirados de lá por um forte dispositivo policial, que os levou para parte incerta.

 

Desde o inicio da detenção dos jovens, o Procurador Geral da República, general João Maria de Sousa que dirige um órgão com as competentes de fiscalizar as leis e outras praticas de abuso de poder, garantiu que os direitos dos presos políticos estariam salvaguardados e que teriam tratamento digno de um ser humano.

 

No passado dia 9 do corrente um outro preso político Benedito Jeremias Dali, solteiro, submetido a uma sessão de agressão como medida de castigo pelos agentes prisionais da cadeia de São Paulo. Segundo se apurou a agressão foi ordenada pelo Director-Adjunto daquele estabelecimento prisional, Aldivino Oliveira.

 

Na semana passada, Bloco Democrático mostrou-se profundamente preocupado com o prosseguimento da situação carcerária destes 15 activistas e deplorou as torturas praticadas no interior da prisão sobre o recluso Benedito Jeremias Dali.

 

O partido chefiado por Justino Pinto de Andrade instou o Senhor Procurador Geral da República a instaurar um rigoroso inquérito, para que sejam exemplarmente punidos os responsáveis desses actos delituosos e indecorosos.

 

Recordou, igualmente, que Angola subscreveu as Convenções Internacionais contra a Tortura, e que o seu desrespeito sujeita o país a ser penalizado perante as instâncias internacionais, por violação do solene compromisso.