Luanda – Cerca de 38 funcionários da empresa “A Libolense – Sociedade de Transportes Rodoviários Limitada”, vocacionada a fretes inter-provinciais, dirigida por Carlos Hilário Isaac Carneiro, filho do governador do Kuando Kubango, encontram-se há mais de seis meses sem ver a cor dos seus míseros salários.

Fonte: Club-k.net
E das que procuraram saber, junto a entidade patronal, das razões do não pagamento foram agredidos verbalmente.

Os funcionários – que na maioria são chefes de famílias - vivem indignados com a situação uma vez que o actual responsável da empresa (Carlos Carneiro) mostra-se incapaz de soluciona-la.
Segundo os mesmos, desde que o mesmo foi indicado pelos sócios maioritários nomeadamente: Yolanda Marina Isaac Carneiro e Ana Maria Isaac (que ironicamente são seus parentes próximos) para dirigir a referida empresa passou-se a registar situações de género.

“É a primeira vez que, desde que comecei a trabalhar nessa empresa da família Carneiro a ficar mais de seis sem receber os meus salários”, disse um dos funcionários, assegurando que Carlos Carneiro se recusa, por “capricho”, a solucionar o problema.

“Das vezes que [os trabalhadores] contactamos que o senhor Carlos para uma explicação, ele disse que a empresa já não esta a render por causa da crise financeira que o país vive ”, explicou, esclarecendo que, mesmo diante desta situação, todos os santos dias aquela empresa de transporte inter-provincial é solicitada para levar mercadoria no interior do país. “Mensalmente a empresa arrecada 10 a 15 milhões de kwanzas, ou mais. Não estamos a perceber onde esta a crise que o senhor Carlos alega”.

Os trabalhadores denunciam ainda que, apesar da suposta crise financeira evocada pelo patrão, há escassos meses, Carlos Carneiro criou uma nova empresa semelhante dos seus parentes, onde os seus novos funcionários são assalariados a tempo e hora. “Esta empresa chama-se CAM COM e tem cinco camiões”, revelou, realçando que “o pior de tudo é que a manutenção destes camiões da “Cam Com” está sob a nossa responsabilidade, mesmo sem os nossos salários”.