Lisboa -   O Presidente José Eduardo dos Santos gostaria de ter no futuro o mesmo estatuto que tinha Nelson Mandela na África do Sul. A revelação consta de uma entrevista feita em Fevereiro de 2014, em Portugal, pelo consultor do governo de Angola, António Martins de Cruz, ex- ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2002 e 2003, quando Durão Barroso era primeiro-ministro.

Fonte: Club-k.net

Repressão  contra jovens críticos   prejudica imagem do Estadista

Agora, como consultor de Angola, António Martins de Cruz revelou na sua entrevista que José Eduardo dos Santos gostaria de, no futuro, ter em Angola, “um estatuto de referência política como tinha Nelson Mandela na África do Sul”.

 

Nelson Mandela, é o símbolo de paz e tolerância na África do Sul. Deixou um legado de perseverança e conciliação ao mundo. No seu país a reconciliação tem sido uma formula a ser seguida.

 

Por outro lado, Eduardo dos Santos tem o gosto de ter um legado idêntico tem sido prejudicado com registro de praticas opostas a que Nelson Mandela pregava. O seu regime tem se destacado com praticas de repressão contra a juventude que contesta o seu longo consulado. Em Junho passado, o seu regime prendeu jovens acusando-os de “golpe de Estado”.

 

Esta semana a  Economist Intelligence Unit (EIU)  alertou  que o executivo de JES vai  continuar a "reprimir duramente" tudo o que considere ser uma ameaça à estabilidade ou à sua hegemonia. Acrescentou ainda  que "a sensibilidade aos protestos está a aumentar durante o ambiente económico difícil, com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder, e os serviços de segurança envolvidos nas repressões, detenções preventivas e julgamentos mediáticos dos seus críticos".

 

Em Fevereiro de 2009, o MPLA tentou sem sucesso realizar debates internos destinados a comparar o suposto prestigio de JES ao de Nelson Mandela. Na altura o primeiro Secretario do MPLA no município do Cazenga, Francisco Domingos Naval teria se destacado ao defender numa palestra, em Luanda,  que o “prestigio internacional” de JES estava a atingir, em África, “níveis que ultrapassavam ao de Nelson Mandela”.

 

Tema relacionado:

Prestígio de JES comparado ao de Mandela