Luanda - Os governos de Angola e de Itália rubricaram, há dias, um memorando de entendimento que visa a redução da mortalidade materna e infantil em Angola, à luz da prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Fonte: Angop

Em entrevista à Angop, o ministro da saúde, José Van-Dúnem, disse que Angola, tal como um grande número de países, ainda não atingiu alguns dos objectivos que fazem parte da Agenda de 2015 do ODM, que estão relativamente ligados à redução da mortalidade materna e infantil.

 

“Estes objectivos continuam muito relativos à mortalidade materna e infantil e fazem parte da agenda 2015, de modo que países como o nosso que atingiram continuam a trabalhar no sentido de ir reduzindo a mortalidade materna e infantil”, sublinhou.

 

Segundo o ministro, a Itália está disponível para trabalhar com as autoridades angolanas neste domínio, pois este país é um grande defensor dos hospitais amigos da criança, em que o aleitamento materno exclusivo até aos sexto mês de idade é uma das componentes mais importantes.

 

No âmbito do referido memorando, Angola e a Itália vão ainda trabalhar juntos em áreas de resposta às doenças crónicas não transmissíveis, também no tocante aos ODM da agenda pós 2015, sobre o objectivo do desenvolvimento sustentável.

 

De acordo com o ministro, ao nível das doenças transmissíveis, um trabalho conjunto será efectuado para a implementação do regulamento sanitário internacional, combate às zoonoses prevalecentes, particularmente em Angola, que podem ser também transmitidas por alimentos, e a regulação farmacêutica e dispositivos médicos.

 

A formação de quadros angolanos é outra área constante do memorando, que a Itália manifestou-se disponível, cujas áreas de cobertura são passíveis de negociação entre as duas partes.

 

No encontro entre as partes, que aconteceu há dias na Itália, falou-se sobre a alimentação saudável, dos aspectos ligados à nutrição, incluindo a má nutrição por excesso e por defeito, aos novos alimentos, a qualidade e segurança alimentar, bem como a importância da comunicação para se garantir uma nutrição eficaz.

 

O ministro frisou que, sendo a Itália um país muito forte no que toca aos aspectos da segurança alimentar, por ser grande produtor de alimentos e possuir uma forte indústria transformadora, pode ser útil a Angola nesta área.

 

A qualidade da alimentação está ligada à obesidade, que tem a ver com a diabete e os distúrbios hipertensivos, e esta também é uma área que consta do memorando, juntamente com as doenças que são de animais e que se podem transmitir aos homens, caso os primeiros não forem tratados.

 

“A Itália também tem uma grande experiência e também está disponível em colaborar com Angola, no sentido da troca de experiência e de formação de quadros, nesta área”, disse o titular da saúde.