Luanda - O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, garantiu esta semana, em Luanda, haver condições para se anunciar a eliminação da poliomielite em Angola.

Fonte: Angop

Em entrevista à Angop, afirmou que Angola está há quatro anos sem registar casos de poliomielite, por isso, haver condições para que se anuncie o fim da doença no país, visto que este é um dos critérios exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Apesar de o país estar nestas condições não implica que se deve cruzar os braços, pelo contrário devemos reforçar as nossas acções”, frisou.

Acrescentou que a poliomielite é uma doença passível de erradicação e tem vindo a ser progressivamente eliminada em vastas regiões do mundo, e agora chegou a vez de Angola.

De acordo com o ministro da Saúde, a erradicação é confirmada gradualmente através da certificação da eliminação desta doença, em cada país, região e a nível global, por comissões independentes.

A erradicação obedece critérios como ficar pelo menos três anos seguidos sem casos de poliomielite por vírus selvagem, excelente desempenho da vigilância, nomeadamente da paralisa flácida aguda, demonstração de capacidade, em cada país, de detectar, notificar e responder a casos importados.

A título de exemplo apontou que após as regiões das Américas e do Pacífico Oeste, a região Europeia da OMS foi a terceira a obter a Certificação da Eliminação da Poliomielite, em 2002.

Em Abril de 2010, a doença reemergiu na Europa, pela primeira vez após a certificação, com um surto de poliomielite no Tajiquistão, originado por um caso importado da Índia, que registou 457 casos, o último em Julho de 2010.

Este surto gerou, posteriormente, 18 casos notificados em vários países vizinhos (Rússia, Turquemenistão, Cazaquistão, e possivelmente, Uzbequistão).

.Por isso, disse o ministro, as estratégias para manter a eliminação da poliomielite em Angola deve basear-se em acções fundamentais, designadamente a vacinação, a vigilância, contenção laboratorial e resposta a eventual importação do vírus de um dos países vizinhos de Angola que ainda tem o vírus em circulação.

“Estas acções visam colmatar assimetrias nas coberturas vacinais, aumentar a capacidade e rapidez de detecção, notificação, investigação e resposta a casos, de forma a manter a ausência do vírus da poliomielite no país, mantendo o estatuto nacional de eliminação da poliomielite.

Entretanto, o ministro da Saúde manifestou confiante que, possivelmente, até Dezembro deste ano o anuncio de eliminação da doença em Angola chegue para a alegria dos angolanos, visto ser este um dos ganhos dos 40 anos de Independência Nacional.