Luanda - A Embaixada da China em Angola está cada vez mais preocupada com o sequestro dos seus cidadãos em Luanda e sente que as autoridades não estão a fazer tudo o que deveriam fazer para descobrir os culpados e reduzir o risco.

Fonte: RA
A “cada dois dias” um cidadão chinês sofre uma tentativa de sequestro em Luanda, declarou o primeiro secretário da embaixada da China em Angola, Zhao Haihan, citado pela agência Bloomberg.

Os incidentes constituem uma “ameaça grave” para os negócios de empresários chineses, de acordo com Zhao Haihan, que criticou ainda a falta de resposta das autoridades angolanas para os crimes.

“Demos provas às autoridades, oferecemos ajuda para a polícia local e ainda não vimos nada”, contou o responsável.

O embaixador Cui Aimin encontrou-se no início deste mês com o Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, Edeltrudes da Costa, com quem falou “sobre os casos de rapto” que aconteceram recentemente em Luanda “de cidadãos chineses”, segundo o site oficial da Embaixada da República Popular da China.

“O embaixador chinês mostra-se preocupado com os casos e por não haver um avanço óbvio nas investigações. O embaixador chinês solicita a tomada de medidas mais efectivas para a investigação e esclarecimento sobre os casos”, acrescenta o site.

A Associação para as Relações China-Angola adianta, de acordo com a Bloomberg, que dez chineses foram sequestrados este ano, tendo sido pagos USD 110 mil em resgates.

Os negócios entre a China e Angola movimentaram no ano passado USD 37,7 mil milhões.