Luanda - O julgamento de 15 activistas detidos “ilegalmente por quase cinco meses acusados de preparar uma `rebelião e uma tentativa de golpe` será um teste crucial à independência do poder judicial de Angola”, disse a Amnistia Internacional (AI) nesta sexta-feira.

Fonte: VOA

Os 15 activistas detidos e mais duas que encontram-se em liberdade começarão a ser julgados a partir da próxima segunda-feira, 16, em Luanda.

 

Em comunicado divulgado hoje e assinado pela directa adjunta para a África Austral Muleya Mwananyanda, a AI reitera que os activistas são “prisioneiros de consciência” e volta a pedir a sua “libertação imediata e incondicional”.

 

Para a AI, "a manutenção da detenção dos 15 activistas é uma farsa da justiça porque foram presos unicamente por exercerem pacificamente o seu direito à liberdade de associação e de expressão”

 

Mwananyanda escreve ainda que as “liberdades de expressão e de reunião pacífica estão severamente restringidas em Angola nos últimos tempos”, e lembra que os que têm desafiado o Governo de José Eduardo dos Santos têm sido submetidos a “ execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e tortura”.

 

O julgamento dos activistas começa na segunda-feira, mas os advogados de defesa continuam a não ter acesso ao processo como revelou ontem Walter Tondela à VOA.