Luanda - Os advogados de defesa denunciaram aos juízes, nesta quarta-feira (17), uma agressão, em pleno tribunal, dos agentes dos serviços prisionais a um dos ativistas.

Fonte: DW

Os advogados de defesa dos jovens do Movimento Revolucionário que continuam a ser julgados na 14ª Secção do Tribunal Provincial de Luanda, denunciaram que um dos ativista teria sido agredido por agentes prisionais dentro do tribunal. Em declarações à imprensa, Walter Tondela, o advogado de um dos arguidos, diz que o ativista Mbanza Hamza teria sido ferido com choques elétricos.

 

"Apresentamos esta preocupação em tribunal que um dos agentes penitenciários teria agredido o ativista Mbanza Hamza. E vamos portanto entregar uma participação por crime de ofensa corporal."

 

Por sua vez, o porta-voz dos serviços prisionais de Angola, Menezes Kassoma, negou tais acusações e disse que o ativista pretendia levar um dos colchões da cadeia para o tribunal para que pudesse descansar enquanto interrogavam o Hitler Chiconda. Segundo o oficial penitenciário, o jovem foi impedido e simulou alguns gritos.

 

"O que se deu é que no principio da manhã, o recluso Mbanza Hanza tentou trazer uma parte do colchão da prisão para esta instituição que é o tribunal e, felizmente, foi impedido. Em função desta situação, negava-se a descer da viatura para entrar para cela e foi persuadido a entrar," explicou Menezes Kassoma.

 

“Instantes depois, quando um outro recluso foi levado para cela, ele tentou sair à força e foi travado na porta para que não saísse e ficou no chão a gritar dizendo que foi torturado, mas não foi agredido fisicamente."