Luanda - O Governo de Angola e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) assinaram sexta-feira, em Luanda, um acordo de financiamento de 100 milhões de dólares norte-americanos para apoiar projectos de ciência e tecnologia no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento do Executivo.

Fonte: Angop

De acordo com um comunicado de imprensa do Ministério das Finanças, 90 porcento será financiado pelo BAD e o restante (10%) pelo governo.

 

O Projeto de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia (PDST) vai abranger todo território nacional, com destaque para alguns resultados globais, nomeadamente construção e equipamento de um parque científico e tecnológico, bolsas de financiamento e projectos de investigação, implementação de actividades de promoção e fortalecimento da participação das mulheres em actividades científicas, tecnológicas e inovadoras actividades, o desenvolvimento de competências no ensino secundário e apoio à gestão da propriedade intelectual.

 

O PDST visa contribuir para a diversificação da economia angolana, através da promoção da inovação tecnológica, bem como a melhoria da produtividade e competitividade das empresas no sector não petrolífero.

 

Segundo o Ministério das Finanças, este é um dos focos estratégicos que consta do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 (NDP) do executivo que pretende promover o desenvolvimento científico e tecnológico, a fim de melhorar o desempenho de Angola em termos de inovação a nível global.

 

O projecto prevê beneficiar 155 pesquisadores, inseridos em 40 equipas, das quais 55% são do sexo feminino e irão usufruir de treinamento e bolsas de estudo.

 

O leque de empresas de apoio ao parque tecnológico permitirá que os jovens angolanos realizem testes para desenvolver protótipos e implementar os seus próprios negócios. O projeto pretende igualmente alavancar o sector privado, bem como as iniciativas das actividades ligadas à investigação e ao desenvolvimento do empreendedorismo.

 

Foram dignitários do acordo o ministro das Finanças, Armando Manuel, e o representante do BAD no país, Septime Martin, tendo este último aproveitado a ocasião para elogiar os esforços que o Executivo angolano tem feito para alavancar a agenda de diversificação da economia em todo o país, em particular no sector produtivo e salientou que os esforços para acelerar a diversificação da economia e o aumento gradual do peso do sector não petrolífero no PIB, desde 2002, é a evidência de que o desempenho de Angola está num bom caminho.