Luanda - Angola é vista em eventos internacionais como tendo terminando a guerra sem qualquer ingerência externa e um caso de estudo em fóruns académicos, disse hoje, em Luanda, o general Cirilo de Sá Ita, no âmbito das jornadas comemorativas dos 24 anos do exército.

Fonte: Angop

Não é por acaso que Angola se tornou numa placa giratória para resolução de vários conflitos no continente, afirmou o especialista do Centro de Estudos Estratégicos, ao dissertar sobre “O Papel do Exército no alcance da paz e da democracia”, no âmbito das festividades do Dia do Exército, 17 de Dezembro.

Para Cirilo de Sá Ita, o cumprimento do serviço militar em Angola deve continuar a ser obrigatório, para que os jovens do país tenham outro conceito de vida.

Segundo disse, o militar tem os mesmos direitos que um cidadão civil, mas não pode estar filiado a nenhum partido político, nem interferir no sistema político.

Destacou o papel do exército como o ramo mais importante das Forças Armadas Angolanas (FAA), pela sua componente em homens e meios, disciplina e coesão, existindo uma relação salutar entre os antes inimigos de armadas e hoje companheiros, sendo exemplo para toda a sociedade.

A jornada comemorativa do 24º aniversário do Comando do Exército foi aberta nesta terça-feira, em Luanda, pelo comandante da instituição, general Lúcio do Amaral, expressando a sua satisfação pela presença de proeminentes militares que no passado e no presente souberam e sabem manter a mística e o brilho conquistado pelo ramo durante o percurso histórico da luta pela independência nacional e a conquista da paz.

Participaram também na actividade, que teve lugar no Centro de Conferências 28 de Agosto, no Quartel General do Comando do Exército, o vice-procurador-geral da República e procurador das FAA, General Hélder Pita Grós, e o comandante da Força Aérea Nacional, general Francisco Afonso Lopes “Hanga”.

O Exército foi fundado aos 17 de Dezembro de 1991, fruto dos Acordos de Paz de Bicesse entre o Governo e a Unita