Lisboa – O líder da JMPLA, Sérgio Luther Rescova Joaquim divulgou uma mensagem que circulas nas redes sociais em que procura transmitir   a boa fé do regime em não manipular ou distorcer o conteúdo das gravações das palestras dos presos políticos acusados de atentarem contra o Presidente JES, nos termos de um golpe de Estado.

 Fonte: Club-k.net

Juventude do regime  acredita em tudo que passa na TPA

Nos vídeos gravados ilegalmente pelos serviços de segurança, os jovens são vistos a mostrarem a sua oposição aos “Golpes de Estados” que no seu ver gera outra ditadura conforme aprenderam o livro de Gene Sharp. Porém, mesmo vendo assistindo os vídeos, o responsável da JMPLA não acredita que os jovens estivessem apenas a ler.

 

“Ainda há quem acha que só estavam a ler um livro e que é tudo muito normal. É muito complicado falarem tanto de democracia, direitos humanos e liberdade de expressão e as atitudes concretas serem estas”, declarou Sérgio Luther Rescova.

 

“Ainda há quem vai dizer que as imagens são manipuladas etc... Porque há muitos com a "sabedoria iluminada"... Mas não ajudam os jovens dizendo que este não é o caminho a seguir”, escreveu o líder da JMPLA, que por outro lado não apontou se o caminho correcto seriam as maratonas de promoção de bebidas alcoólicas que caracterizam a sua organização ou as praticas que o seu partido desencadeou contra Isaías Cassule e Alves Kamulingue.

 

“Pelo contrário, usam-nos, manipulam, abandonam-lhes (tal como um deles afirmou em tribunal) e eles estão aí soltinhos, a viajar lado ao outro e com teorias e politiquices como donos da razão e os seus a levar a vida normalmente”, le-se na sua mensagem.

 

Segundo Luther Rescova “o assunto continua em julgamento e a minha opinião pessoal será no final de tudo, tenho que respeitar a "presunção de inocência", mas um comentário sobre este vídeo era quase inevitável, porque em muitas situações e por tudo quanto é canto se diz que é tudo mentira, calúnia, ditadura, perseguição e falta de democracia etc”.

 

Nesta quarta-feira, o Tribunal de Luanda cedeu exclusivamente dois vídeos a TPA e Zimbo, e estes passaram partes distorcidas para causar a impressão que os jovens iriam beneficiar do valor astronômico de 100 milhões de dólares para derrubar o regime do Presidente José Eduardo dos Santos.

 

De acordo com os vídeos originais – não editados - neste dia, da palestra, o professor Domingos Da Cruz respondia a uma inquietação da activista Laurinda Gouveia explicando a necessidade daquele grupo ter uma liderança, ao invés de estarem desorganizados.

 

Para convencer a audiência, Da Cruz faz uma suposição dizendo que se por exemplo, houvesse a disponibilidade de 100 milhões de dólares para ajudar a revolução, esta quantia nunca seria dada a um grupo anárquico que nem sequer tem um representante.

 

Falou ainda mais a frente, num outro contesto, que estas quantias seriam logo bloqueadas em Angola, e deu como exemplo, a Namíbia e a África do Sul que tem sistemas bancários mais sofisticados comparados aos de Angola.

 

Entretanto, os advogados de defesa solicitaram, ao tribunal o acesso do vídeo completo - sem cortes - para que se possa ser acompanhado com as devidas legendas para permitir uma compreensão honesta dos debates dos presos políticos.