Lisboa – Um oficial superior do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM), brigadeiro Fula Neto é citado em círculos com apurado conhecimento na matéria, como sendo um dos oficiais que nos últimos meses tem estado a ser marginalizado/sabotado pelo seu superior hierárquico, general Antônio José Maria.
Fonte: Club-k.net
Ficou desterrado por seis meses na província do Bié
De acordo com informações plausíveis, o Chefe do SISM, general Zé Maria, desterrou -lhe este ano, para a província do Bié, tendo ai permanecido por cerca de seis meses, sem ter tido funções ou trabalho especifico para desenvolver.
As não “injustificadas penalizações” a este brigadeiro do regime tem dado azo a suspeitas de que haja uma alegada vontade de sabotarem-no na conclusão de um programa de mestrado em direito comercial.
O Brigadeiro Fula Neto é licenciado em direito. Alega-se que sempre (esta foi a segunda vez) que ele revela-se inclinado a dar sequencia aos seus estudos pôs-universitário, acontecem-lhe sanções estranhas que resultam na interrupção da conclusão do mestrado. Esta tese (de que esteja a ser sabotado), é apoiada em antigos relatos segundo as quais o general Antônio José Maria é pouco simpático aos militares que manifestam intenção de melhorar o seu nível acadêmico.
Desde que regressou da província do Bié, onde esteve desterrado, o Brigadeiro Fula continua, em Luanda, sem funções exactas. Presentemente foi despachado para controlar “in loco”, o julgamento dos presos políticos (Nito Alves, Luaty Beirão, Domingos da Cruz e etc) acusados de planearem um atentado a vida do Presidente José Eduardo dos Santos (JES) nos termos de um “golpe de Estado”.
Em anos anteriores, o general Antônio José Maria, seu chefe, já o teria delegado em outras missões de penetração ao Movimento Revolucionário, ligado aos activistas que estão a ser julgados pelos órgãos judiciais do regime angolano.