Lisboa - As autoridades angolanas geriram em secretismo e sem alarido, a uma segunda “indisponibilidade momentânea” do Presidente José Eduardo dos Santos (JES), a margem da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo do Fórum para a Cooperação África - China (FOFAC), que decorreu de 4 a 5 do corrente mês, em Johanesburgo.

 Fonte: Club-k.net

Indisponibilidades presidenciais geram preocupação

De acordo com a cronologia dos factos, o Presidente angolano chegou a África do Sul no dia 3 de Dezembro, e neste mesmo dia reuniu-se com o seu homologo chinês Xi Jinping com quem abordou questões relacionadas à segurança, paz e estabilidade na região da África Central, assim como aspectos bilaterais.

 

Porém na manha do dia seguinte quando se preparava para participar na abertura daquela cimeira, o Chefe de Estado angolano foi assolado, ainda no quarto do hotel, com a designada  “indisponibilidade momentânea”, na qual tiveram que chamar o seu médico pessoal que o assistiu.

 

Em última hora, o líder angolano pediu ao seu assistente protocolar, José Felipe para que fosse ao quarto do Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, Edeltrudes Costa e o avisasse que iria substitui-lo, na abertura da cimeira, razão pela qual o Presidente José Eduardo dos Santos foi o único chefe de Estado que não esteve presente naquela mesa de presidium, ao lado dos seus homólogos (ver foto em baixo).

Apenas no dia 5, último dia da cimeira, é que Eduardo dos Santos esteve disponível tendo efectuado encontros bilaterais e em separo  com os homólogos   da Nigéria, Mahamadu Buhari, do Sudão do Sul, Salva Kiir ,  com o Vice-Presidente do Burindi, Joseph Butore e etc.

 

De realçar que já, em Outubro passado, o PR teve uma outra “indisponibilidade momentânea”  que o impediu  de comparecer à abertura da quarta sessão legislativa da Assembleia Nacional. Com a ausência do chefe de Estado, o vice-presidente da República, Manuel Vicente, proferiu o discurso do Estado da Nação em representação do presidente.

 

O secretismo que se fez em torno desta segunda “indisponibilidade momentânea” do Presidente angolano é a associada a medidas de precaução destinada a evitar exposição do seu estado de saúde.

 

De acordo antecedentes de países com praticas de repressão com   particularidades de Angola, costuma ser habito de algumas chefias militares aproveitarem-se do delicado estado de saúde dos seus presidentes para tomada de medidas activas, pondo termo aos regimes ditatoriais.