Excelentíssimos Senhores Secretário para Organização, para Mobilização, Presidente da LIMA, Secretário Provincial da JURA, Secretários Municipais do Partido.

Distintos membros do Executivo do nosso partido na Provincia;
Caros Compatriotas, amigos e Digníssimos Convidados.
Minhas Senhoras e meus Senhores.

Passados cerca de 365 dias, é chegado o momento de fazermos o balanço de mais um ano e perspectivarmos o futuro, o ano de 2016, o ano em que o nosso partido faz 50 anos de existência e resistência contra todas as formas de autoritarismo e na luta incessante para o estabelecimento de um estado verdadeiramente democrático.

O ano que hoje termina foi marcado por um agudizar do sofrimento do povo e cheio de contradições que preocupa-nos não só como políticos mas também como cidadãos. Portanto, é visivel o hiato entre o discurso do governo e a prática.

Se por um lado o governo propalou a necessidade de diversificar a economia e o incetivo ao empreendedorismo nacional de modo a não dependermos do petróleo, por outro, fez exactamente o contrário, aumentou a produção do petróleo chegando a ultrapassar a Nigéria, produzindo 1.722 milhões de barris por dia. Não fomentou a agricultura, expropriou terras de camponeses e promoveu a importação de produtos agrícolas; o alho e a cebola que o povo de Malanje consome não é de produção local, é importado; só para dar esses exemplos.

O Governo promoveu uma Conferência Internacional de Promoção ao Investimento em Malanje que nada produziu se não o gasto do dinheiro do nosso povo e a planificação de mais expropriações de terras no futuro.

Ainda no ano que termina o governo convidou ex-militares a organizarem-se em cooperativas para supostamente merecerem apoio do governo e promoverem a sua autosuficiência, resultando em mais uma finta, um fiasco. Pois a maioria dos ex-militares estão entregues a sua sorte e os poucos que têm alguma pensão recebem-na tarde e quando chega encontra outras barreiras, a falta de dinheiro nos bancos, a ausência do famoso sistema ou a falta de energia, dentre outras que infelizmente afetam toda classe trabalhadora.

A água e a energia são outros problemas com que este povo se depara daí o aumento da morbi-mortalidade como resultado da fraca qualidade de vida. Foi propalado o programa água para todos mas na prática implementou-se o pragrama “água para poucos, pouquíssimos”.

Os sectores sociais como a educação e a saúde foram uma desgraça, muitas crianças ficaram fora do sistema de educação e as que tiveram acesso a ela tiveram-na com fraca qualidade. As unidades sanitárias estão sem capacidade de atender os pacientes por falta de medicamentos, material gastável, biossegurança, equipamentos e reagentes para exames de diagnóstico, o que contribui para muitas mortes numa província onde o governo nunca construiu um cemitério para o enterro condigno dos nossos entequeridos.

No ano que termina verificamos muitos casos de intolerância política consubstanciada na retirada de bandeiras, intimidações aos nossos militantes e as autoridades tradicionais, obrigando-os a serem activistas do regime.

Caros companheiros, face ao degradar da situação de vida deste povo, verificamos um governo incessivel a dor e sofrimento; e tem a coragem de dizer a comunidade nacional e internacional de que ´estamos bem, obrigado`.

A UNITA terminou o ano em GRANDE ao realizar, com sucesso o seu XII Congresso Ordinário, onde aprovou medidas visando modernizar o partido para futuros desafios, obter e exercer o poder, aprofundar a democracia, servir os angolanos e honrar os nossos herois, mormente o Presidente Fudandor Dr. Jonas SAVIMBI que sonhou, trabalhou e morreu afirmando que “para uma Angola livre nós queremos para cada braço-trabalho dignificado para cada trabalho recompensa merecida; para cada boca pão que afugenta fome e as doenças; para cada corpo agasalho e roupa condizentes com os esforcos dos nossos braços; para cada família - uma casa que seja um lar iluminado pela alegria de viver plenamente como um jardim cheio de flores que são as nossas crianças, enfim, a justica social”, fim de citação.

Isso será exequível com a UNITA no poder; para tal precisamos trabalhar afincadamente para correspondermos a dinámica que o nosso presidente Dr. Isaias SAMAKUVA tem vindo a impletar e cada vez que nos aproximamos as próximas eleições gerais que serão ganhas pela UNITA.

Companheiros o patriotismo é exigente. O nosso Presidente alertou-nos na sua mensagem do fim de ano de que no próximo ano (2016), “não haverá tempo para entreter, intrígas e distracções. Todo partido trabalhará unido como uma máquina eleitoral permanente e afinada, rumo a vitoria”.

Quero reiterar a minha total desponibilidade em servir o meu país, em servir o meu partido e aproveito a oportunidade no sentido de apelar aos maninhos para inovarmos e “eliminarmos as debilidades, corrigir os vícios e alterar radicalmente os nossos métodos de trabalho. Dai que este ano vamos gerir por objetivos, avaliar regularmente o desempenho de cada um e cobrar resultados”, como apelou recentemente o nosso presidente Dr. Isaias Samakuva.

Aqueles que forem convidados a integrar o Executivo Provincial terão de ser quadros trabalhadores e disciplinados, dentro das nossas regras, ou seja, das regras do nosso partido, pois a UNITA precisa vencer. E não nos esqueçamos de que a vitória deve resultar do somatório de vitórias das 18 provincias que compõem Angola e Malange não pode deixar de fazer parte.

Desejo a todos um feliz natal e votos de um ano cheio de prosperidade e contínuas vitórias nos próximos tempos.

O Secretário Provincial

Dr. Januário Alfredo Mussambo
(Membro da Comissão política e do Comité Permanente)