Luanda - O Bureau Político do MPLA exortou nesta segunda-feira todos os cidadãos, em Angola e no exterior do país, à observância de uma jornada de profunda reflexão em prol da consolidação da paz, do reforço da democracia e preservação da unidade e coesão nacional.

Fonte: Angop

Numa declaração alusiva ao 4 de Janeiro de 1961 (Dia dos Mártires da Repressão Colonial), o órgão de cúpula do partido no poder em Angola lembra que a história assinala 55 anos sobre a data em que, a 4 de Janeiro de 1961, ocorreu o Massacre da Baixa de Kassanje.

Explica que isto foi protagonizado pelo então exército colonial português, que provocou centenas de mortos, de feridos e de desaparecidos, entre os camponeses dessa região das províncias de Malanje e da Lunda Norte.

“Os tristes acontecimentos da Baixa de Kassanji foram o resultado do descontentamento acentuado, em consequência do trabalho intensivo exigido aos camponeses locais, que os retirava das suas lavras e aldeias, para uma prestação de serviço exclusivo à companhia algodoeira COTONANG, que se constituiu num verdadeiro centro de exploração de força de trabalho angolana, prática que contrariava, em absoluto, a lógica social daquelas comunidades”, lê-se.

Na declaração, o MPLA sublinha que hoje, num contexto de Independência Nacional, de paz e de liberdade, e no quadro da melhoria da qualidade de vida do povo angolano, o foco do seu Programa de Governo continua a ser o combate à fome e à pobreza, sendo que isso deve estar estreitamente ligado a todo o processo de crescimento e de desenvolvimento económico do país.

“Apesar das adversidades económicas e financeiras que o país atravessa, o processo de crescimento sustentável que o MPLA adoptou continua a assentar, essencialmente, no desenvolvimento humano e num sistema justo de distribuição do rendimento nacional, que permita o progresso material e espiritual de toda a sociedade, de uma forma continuada e duradoura”, expressa.

Deste modo, o MPLA indica que continua a desenvolver acções que visam uma melhor repartição do rendimento nacional, apoiar os programas municipais de desenvolvimento integrado e de combate à pobreza, melhorar a implementação dos programas de rendimento mínimo e outras formas de protecção social, a ampliar e melhorar a qualidade dos serviços de saúde e a promover acções que tendem a gestão sustentada dos recursos naturais e do ambiente.

O MPLA sublinha igualmente que no actual contexto vai continuar a expandir e melhorar a qualidade do sistema de educação, a ampliar e aperfeiçoar os serviços de cultura, a prestar uma atenção especial aos antigos combatentes e veteranos da Pátria e à reinserção social dos ex-militares.

Nesta perspectiva, o Bureau Político do Partido exorta todo o povo angolano a manter-se firme e vigilante e a cerrar fileiras em torno do MPLA e do Presidente José Eduardo dos Santos, “para que, com a participação de todos, Angola saiba vencer os desafios que o momento actual lhe coloca”, concluiu.