Lisboa -   Os recentes pronunciamentos feitos a imprensa pelo Vice-Presidente do MPLA, Roberto Victor de Almeida, a margem do enterro do general Agostinho Fernandes Nelumba “Sanjar” está a ser encarado como uma posição deselegante que compromete o espirito de militar disciplinado e apartidário daquele que já foi o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas.

 

 Fonte: Club-k.net

Pois  em causa as credências apartidárias  do malogrado 

Na entrevista que deu a imprensa, o numero dois do partido que suporta o regime, insinuou que o malogrado general recebia orientações do seu partido (MPLA), o que ao ser verdade, representa violação a actual constituição.

 

“O general Sanjar, apesar de não ter militância activa por inerência das suas funções, mesmo assim cumpria sempre as orientações do partido”, disse o Vice-Presidente do MPLA.

 

De acordo com consultas, os generais no activo estão proibidos de participar em actividades politicas em respeito a constituição angolana que faz defesa ao apartidarismo das Forças Armadas angolanas (FAA).

 

Apesar de o vice-presidente do MPLA, ter   apresentado o malogrado como alguém que - em vida - violava a constituição angolana, fontes abalizadas ao assunto desmentem Roberto de Almeida esclarecendo que o general “Sanjar” afastou-se da atividades partidárias depois da passagem das FAPLA para as FAA, nos termos dos acordos de Bicesse, assinado entre o governo e a UNITA, em 1991, em Lisboa.

 

A fonte que prefere não ser identificada situa os pronunciamentos de Roberto de Almeida no quadro de uma suposta reputação que acarreta de nutrir reservas quanto aos “Nelumba”. Há uns anos atrás, Roberto de Almeida foi citado como tendo apadrinhado o afastamento  de um irmão do general “Sanjar”, o engenheiro Eduardo Nelumba, das funções de PCA da ENE. Este só seria reabilitado no seguimento de uma interpelação do falecido Afonso “Mbinda” e outros do Comitê Central do MPLA.

 

Diz-se que as alegas reservas contra os “Nelumbas” teriam se acentuado na sequencia de fricções no passado com um outro irmão do general “Sanjar”, o malogrado medico José Eduardo Nelumba que tinha a reputação de ser frontal nas reuniões do Comitê Central do MPLA.