Huambo - Dia 18 de Janeiro de 2016 começou a ser julgado no Tribunal provincial do Huambo o caso dos acontecimentos ocorridos o ano passado no Monte Sumi que era inicialmente considerado “flagrante delito” acabou se arrastando para 9 meses de prisão preventiva. O Monte Sumi, numa extensão de uns 2 000 hectares de terreno albergava os milhares de fieis da Igreja Cristã no 7o Dia‐ a Luz do Mundo, liderado pelo Pastor José Julino Kalupeteka neste caso o Réu que suporta 9 acusações dentre as quais: homicídio qualificado frustrado, homicídio qualificado consumado, posse ilegal de armas de fogo, desobediência às autoridades etc. O julgamento ora iniciado marca a mais alta expectativa nacional e internacional, talvez um sonho (vão) de que ele possa iluminar as dúvidas, o silêncio, o estranho e que provavelmente realize a justiça. Mas este não é o interesse nem a vontade dos políticos que detém o Poder. Sua vontade é exactamente o contrário.

Fonte: Club-k.net

Os cristãos dessa Igreja têm expectativa de que seu calvário termine bem. Mas maior expectativa está na comunidade Jurídica Angolana isenta de filiações partidárias e genuinamente interessada na Justiça Livre, imparcial e sobretudo desgarrada das “Ordens Superiores”.

O Julgamento que foi transferido ao novo edifício do Tribunal Provincial do Huambo localizado na Cidade‐Baixa, no antigo edifício das AAA, no 1o Andar numa de suas salas, como sempre acontece registou‐se a presença excessiva de elementos DO SINFO (a filial da tenebrosa KGB ou o Regime Nazi de Hitler).

O Advogado dos co‐réus como se fosse entre apalpadelas, o Dr. David Mendes não teve contacto com o processo, não lhe foi permitida a confiança do processo, mas assim não o teve pelo seguinte:

 1o Este processo apesar de os factos terem se dado na Província do Huambo, o mesmo foi instruído pela PGR‐Luanda pelo facto de o Procurador Provincial do Huambo, o tal Dr. Titto Cassule ter algumas debilidades de conhecimento em matéria de direito, agravado com o facto de se relacionar mal com seus pares que sempre o ajudaram na instrução processual.

 Elevado interesse do Regime em pretender se livrar da responsabilidade de uma das hediondas chacinas que poderia ser considerada a segunda em Angola depois daquela que ocorreu em 27 de Maio de 1977, quase protagonizada pelos mesmos actores, já que o Poder não se renovou desde então. Mas essa chacina se torna especial em gravidade por se ter realizado em tempo de Paz.

 Ainda continua vedado o acesso ao Monte Sumi a todos os defensores de direitos humanos, a comunidade internacional que assim o havia solicitado bem como ao próprio causídico. Embora o saibamos bem que os vestígios da chacina tenham sido profundamente trabalhados e feitos desaparecer.

MAIS GRAVE AINDA:

 O referido processo não passou pela distribuição do tribunal provincial do Huambo. Veio da Procuradoria‐Geral da República – Luanda e foi directamente dirigido à pessoa do Juiz que o está a julgar, como se fosse um negocio personalizado e direccionado, ferindo múltiplos princípios sobretudo a imparcialidade e lisura.

 O Processo está altamente politizado e talvez esse deve ser o interesse que o desencadeou, por isso, não permite a livre apreciação da prova, não está nutrido do contraditório, NÃO CONSTA DOS REGISTOS DO LIVRO DE DISTRIBUIÇÃO DO TRIBUNAL PROVINCIAL DO HUAMBO (Livro este localizado no tribunal do largo petro).

 O julgamento só deu inicio porque o interessado (Executivo) se certificou de que é o ganhador único e quase sem jogar e sem competir, se tivermos em conta que os 9 meses de Prisão parecida com Preventiva eterna para os feitos réus de um crime dubiamente atribuído, foram usados para se ensaiar tudo, desde encenação de testemunhos contratados, dilatar o desaparecimento dos vestígios de chacina ao monte Sumi para que na eventualidade de se solicitar a Reconstituição dos Factos in loco, apenas se encontrará a flora desenvolvida e o orvalho nos arbustos...

 A coerência do José Julino Kalupeteka em não se vergar ante os aliciamentos e tentativas de celebração dos acordos de cooperação para se ver livre. Isto sim, ditou a sentença máxima antes dos acontecimentos terem lugar no Monte Sumi e que a data era apenas e execução do “IUS IMPERI”. Se de facto Kalupeteka abrisse sua Igreja para ser sucursal do poder político como bem o fazem as outras Igrejas, provavelmente uma básilica ou Nova‐Muxima seria construída no Monte Sumi e que o lugar formigaria crentes em busca da bênção de um Pastor que se lhe fabricara o crime de Homicídio sem prova razoável e consistente.

 Várias testemunhas anteriormente arroladas (mais de 90) no processo todos contratados e treinados ao longo de meses, incluindo altos funcionários no executivo local, ligados a direcção a cultura, os mais sérios acabaram dispensados, pelo facto de não demonstrarem habilidade em manipular a verdade e preferirem mesmo defender a verdade; obviamente a VERDADE VERDADEIRA NÃO AGRADAR O REGIME MAIS INTERESSADO E ENGAJADO usar a Justiça com o mesmo fim que se usa qualquer espingarda apontada ao rosto do inimigo. Porém as falsas testemunhas assumiram a ida até a final desse jogo, todavia desigual. Eu sugeriria que as verdadeiras testemunhas fossem os polícias e FAA que foram atacar bem como o alto dirigente que de seu luxuoso gabinete dera “Ordem Superior para Cercar a montanha e agir”...

 Embora ao longo do ataque da polícia contra o acampamento religioso no Monte Sumi resultasse na morte de 9 agentes da Polícia, não estaremos a exagerar que a per capita de retalhação tenha sido de mais de 200 fieis desaparecidos por cada agente da policia morto no local, o que revelou que o BRAÇO ARMADO DO GOVERNO (POLÍCIA E FAA) FEZ JUSTIÇA POR MÃOS‐PROPRIAS NA MAIS EXCESSIVA E DESPROPORÇÃO INACEITAVEL. Saliente‐se que essa justiça por mãos próprias teve um estilo tão peculiar que cabe no “HOMICIDIO QUALIFICADO CONSUMADO” contrariamente atribuído ao Kalupeteka, em conta temos os relatos dos sobreviventes, dos agentes envolvidos e do Vox Populi que obviamente é Vox Dei.

 No dia do inicio do Julgamento, enquanto se esperava pela presença massiva dos fieis da Igreja ora vitimizada, de seus familiares, dos curiosos sobretudo a juventude em assistir o mais mediatizado caso, mas pelo contrário formigou os homens de farda‐ azul” em prontidão combativa, armados até onde seria impossível, as brigadas vermelhas (exército vermelho) da juventude do MPLA mascarados e a Polícia Secreta numa per capita de Dez (10) SINFOS por cada cidadão livre que la apareceu. Escolheu‐ se a dedo quem deve entrar para sala de audiência a ponto de se excluir pura e vilmente os filhos e esposas dos Réus. Até há quem diga que alguns SINFOS se fizeram passar por filhos do Kalupeteka e tiveram acesso a sala da audiência quando na verdade os verdadeiros filhos foram propositadamente excluídos na porta.

 Nunca mais o povo esteve tão atento e interessado na justiça como desta vez. A repressão psicológica, a manipulação da verdade, a fabricação de crimes para ocultar o verdadeiro crime hediondo cometido pelo executivo faz do povo ainda mais interessado em contribuir para robustecer a liberdade. Por isso está detectada a intenção de coarctar a presença da comunidade internacional neste julgamento e da imprensa privada livre bem como dos Juristas verdadeiramente JURISTAS.

 O que se passou no Monte Sumi fora registada por milhares de fiéis e alguns deles são sobreviventes e integras crianças, mulheres, idosos, homens. Cada um tem um pedacinho da verdade e com esses pedacinhos está‐se a costurar o fato e o vestido da VERDADEIRA VERDADE do que se passou antes, durante e depois do Acto Sumi.

Haver vamos.....Se faça justiça

Mas a Justiça de Deus...esta sim: mesmo que o Crude suba 100% não será capaz de compra‐la. E a seu tempo surgirá galopante para que as vítimas conheçam outro rumo de suas vidas.