Luanda - O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, revelou nesta quarta-feira, em Luanda, o registado de 23 casos de febre-amarela que resultaram em sete mortes de nacionalidades eritreia e congolesas, na localidade do Zango I, município de Viana. Revelou que o primeiro caso da febre-amarela registou-se no dia 05 de Dezembro de 2015, por um cidadão da Eritreia.

Fonte: Angop
Segundo o governante que falava em conferência de imprensa, dos 16 sobreviventes 13 tiveram alta e três recebem cuidados especiais. Entre as vítimas, 22 são do sexo masculino e uma feminina, com idades compreendidas dos 20 a 46 anos de idade.

Para detectar a febre hemorrágica que afecta os munícipes de Viana, José Van-Dúnem lembrou que o Ministério da Saúde havia mandado três amostras na África do Sul e descobriu-se que tratava-se de febre-amarela, mas ainda assim, enfatizou, espera-se do resultado final dos exames enviados ao laboratório do Dakar, Senegal, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Garantiu que depois do resultado final, o Ministério da Saúde vai realizar campanha de vacinação em Viana, cujas crianças serão o alvo, numa primeira fase, para posteriormente serem as mulheres grávidas, depois os profissionais da saúde, e finalmente a população em geral.

Explicou que a febre-amarela é uma doença viral transmitida pelo mosquito, provoca febre, dores musculares, perda de apetite e nauseas e pode levar a morte.

Acrescentou que a doença é infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vectores e as primeiras manifestações são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vómitos. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiência hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso, informou..

“Como a transmissão urbana da febre-amarela só é possível através da picada de mosquitos "Aedes aegypti", a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas da água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos”, frisou.

Salientou que deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destapados, para eliminar o mosquito adulto, em caso de epidemia de dengue ou febre-amarela, deve-se fazer a aplicação de insecticida através do “fumasse” e que alem disso, devem ser tomadas medidas de protecção individual.

Esta doença pode expandir-se a nível nacional, se não se tomar medidas de prevenção e de combate.