Luanda – A polícia nacional deteve na última terça-feira, após uma denúncia feita pelos próprios familiares as autoridades, o cidadão Borges Salvador Tchimica, de 21 anos de idade, que na segunda-feira 18, em pleno luz de dia, violou sexualmente uma criança de 11 anos, no bairro Tchiteno, arredores da cidade do Luena, província do Móxico.

 

Fonte: Club-k.net
O violador terá aliciado a menor com 100 kwanzas, levando-a para a sua lavra, localizada no mesmo bairro, aonde consumou o acto vergonhoso. Este é o quarto caso de violação de menores, este ano, no Moxico.

 

Ainda no decorrer desta semana, o Club K noticiou que a secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), braço feminino do MPLA, defendeu o agravamento da penalização para os crimes de violação sexual, com a pena de morte ou prisão perpétua, face aos níveis alarmantes da situação.

 

Em declarações à imprensa, Luzia Inglês considerou preocupante a situação, por atingir em particular crianças. "São situações que se estão a registar agora com maior realce, violações de menores, sobretudo de 12 anos para baixo", lamentou a responsável.

 

"Há países que têm a pena de morte, a prisão perpétua e cadeiras elétricas, nós não temos nada disso, mas eu tenho a impressão que se as coisas se agravam, algumas dessas penas vamos ter que começar a pedir para que se ponha no Código Penal, a ver se as pessoas conseguem ganhar consciência", frisou.

 

Na altura, o comandante-geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, disse que é preocupante a situação, porquanto diariamente são registados uma média de quatro crimes de violações sexuais.

 

"E isto preocupa-nos, muito especialmente as crianças, de tenra idade, um ano até menores de 18 e também dos 18 anos para acima dos 60 anos. É um fenómeno que temos vindo a combater, mas são crimes que passam geralmente entre quatro paredes e os seus atores na sua maioria são pessoas conhecidas ou familiares próximos", descreveu Ambrósio de Lemos.

 

De acordo com o comandante-geral da Polícia Nacional, geralmente as crianças são aliciadas com valores monetários e às vezes com géneros alimentares, por isso é necessário também todo um trabalho de sensibilização das famílias.