Luanda - A obra foi adjudicada através de um despacho do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. Isabel dos Santos vai fazer as dragagens na zona costeira da marginal da Corimba, sul de Luanda, em parceria com uma empresa holandesa.

 

Fonte: Jornal de Negocios

 José Eduardo dos Santos rubricou os contratos de empreitada

Isabel dos Santos, através da Urbeinveste Projectos Imobiliários, e uma empresa holandesa, Van Oord Dredging and Marine Contrators, ganharam, em consórcio, um contrato no valor de 615,2 milhões de dólares (567 milhões de euros) para fazer as dragagens, reclamação de terra e protecção da costa da marginal da Corimba, a sul de Luanda.

 

A adjudicação desta obra foi formalizada através de um despacho presidencial datado de 25 de Janeiro e noticiado esta segunda-feira, 1 de Fevereiro, pela agência Lusa. O valor total do contrato, de 1,3 mil milhões de euros, contempla também a construção propriamente dita, de reabilitação e acessibilidades da marginal de Corimba, uma obra a realizar em consórcio pelas empresas Landscape e China Road and Bridge Corporation Angola, por 690,1 milhões de dólares (636 milhões de euros).

 

No despacho do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que autoriza os contratos de empreitada, refere-se que o Governo "está comprometido na reabilitação dos problemas actuais de congestionamento de circulação nos acessos à cidade Luanda", sendo precisamente a marginal da Corimba um dos pontos críticos. Esta obra conquistada por Isabel dos Santos, filha do Presidente angolano, insere-se na Programação Anual de Investimentos do Programa de Investimentos Públicos, definida pelo Governo.

 

Em causa está a implementação do Projecto Marginal da Corimba - aprovado neste despacho -, que "deve garantir a sua reabilitação, além da valorização e melhor preservação da zona costeira" e "uma significativa melhoria das acessibilidades" a Luanda, adianta a agência Lusa, citando o referindo despacho. O despacho refere ainda que o ministro das Finanças, Armando Manuel, deve "assegurar os recursos financeiros necessários à execução dos referidos contratos", estando "autorizado" o pagamento inicial de até 15% do valor das empreitadas "com recurso às reservas do Tesouro".

 

Refira-se que Isabel dos Santos está também envolvida no processo de reestruturação da Sonangol, no âmbito de um comité criado em Outubro de 2015 por José Eduardo dos Santos com a responsabilidade de desenvolver modelos organizativos, identificar oportunidades operacionais, quantificar "o potencial de melhoria da Sonangol" e estudar o "melhor modelo de organização para condução da indústria nacional de petróleo e gás".