Luanda - A Rádio Despertar, emissora ligada à UNITA, está a ser citada em meios jornalísticos, como tendo censurado o Jornalista, Makuta Nkondo, por sinal, seu antigo colaborador e que ajudou àquela emissora a atingir o pico da sua audiência, com os comentários do carismático tradicionalista, no espaço “Retrospectiva da Semana”, na altura, conduzido pelo jornalista, Elias Xavier Fernandes.

 

Fonte: Club-k.net

Consta que tudo terá ocorrido, na manhã de quarta-feira, 03 de Fevereiro de 2016, quando no Programa, “Postal da Manhã” daquela estação emissora, o realizador e apresentador do mesmo, o Jornalista, António Festos, também com cargo de responsabilidade na Despertar, editor-chefe, recuperou um trabalho feito pela Voz de América, contendo registos Bento Kangamba e Makuta Ngondo em "fogo cruzado".

 

Como mandam as regras do jornalismo, António Festos, terá anunciado antes que passaria tais declarações durante o espaço matinal, mas que, segundo se sabe, viria passar somente as declarações de Bento Kangamba, por orientação de Queirós Anastácio Chilúvia, Director adjunto para informação da Rádio Despertar, baixada via telemóvel. Sabe-se apenas que Chilúvia terá ligado ao apresentador do Programa a proibir a emissão do som de Makuta Nkondo por supostamente haver uma ordem política “superior” para a censura de Kondo.

 

A situação aborreceu os ouvintes que aguardavam pelo mesmo som, já que tinham sido atempadamente avisados para o mesmo e ligaram para a Rádio para perceber dos motivos da não emissão do som de Makuta mesmo tendo passado o do político do MPLA, Bento Kangamba. Queirós Tchilúvia tem sido citado, frequentemente, como sendo o protagonista de muitas “asneiras” do ponto de vista jornalístico, cometidas por aquela rádio. “dá nisso, de garson para jornalista” lamentou a nossa fonte. Fala-se, nos círculos da Despertar que o jovem com militância activa na UNITA, confunde a política partidária com o jornalismo o que leva a baixo dia pós dia o grande trabalho iniciado pelo Alexandre Neto Solombe, Director fundador da mesma.

 

É a ele que se atribuem as responsabilidades de falta de contraditório porquanto é citado como “inimigo” de vozes de pessoas ligadas ao MPLA, por considerar que estes têm a Rádio Nacional de Angola para passar as suas ideias o que se traduz, na prática, numa Rádio que se limita a fazer o inverso da imprensa pública e por cima sem qualidade técnica por ser pouco dotado na matéria: “o Festos só ficou a interinar alguns meses a rádio era uma maravilha” disse. Queirós, prosseguem os relatos, protagonizou recentemente um escândalo ao apoderar-se do único carro que apoia os repórteres, locutores e editores o que nos últimos tempos tem estado a baixar a já pouca produtividade com agravante de falta de qualidade técnica dos profissionais.

 

Acresce-se a isso o facto de o Director adjunto para informação violar regras básicas de jornalismo para satisfazer interesses pessoais no Partido, mormente, registos ligados a figuras do Partido que não respeitam o tempo recomendado, reposições de sons mesmo sem actualidade, linguagem musculada contra membros do executivo e do MPLA, temas de programas sem interesse jornalístico e falta de agenda informativa social, cultural, desportiva, porque a única aposta que faz no seu consolado é sobre o Partido.

 

Makuta Nkondo passou a sofrer censuras na Despertar desde que o jovem foi nomeado Director adjunto para a informação, pois, se apoia muito aos militantes de base do Partido que por não concordarem com a postura do tradicionalista, que nalguns momentos criticou a oposição, tudo fazem para o manter longe da Rádio. O mau trabalho do jovem político é do domínio do Director da Rádio, Emanuel Malaquias que segundo consta pouco ou nada pode fazer, apesar de não concordar com o trabalho do seu subordinado, porque alguma ala do Partido, influente junto de Isaías Samakuva, e que desconhece jornalismo, de facto, defende-o e influencia para a continuidade do seu trabalho, mesmo em prejuízo da Rádio e do próprio Partido que tem sido criticado por não conseguir dar exemplo a Mídea pública por si, reiteradamente, criticada.