Luanda - Os chefes dos Departamentos de Operações e de Contabilidade do Banco de Poupança e Crédito (BPC), João Segunda e Paulo Katequele, confirmaram, na 14 Secção de Crimes Comuns do Tribunal, o descaminho de mais de 33 biliões dos cofres desta instituição pública.

Fonte: Opais

Em declarações ao juiz da causa, Januário Domingos, o director de Operações, Paulo Katequele, confirmou que as duas operações que resultaram no desfalque da devida soma monetária foram efectuadas em 2012 e em 2014, sem comprovativo e por meio de transferências.

 

Na primeira, a de 2012, os seus mentores saquearam 262 milhões, 830 mil, 675 Kwanzas e 67 cêntimos e na segunda, em 2014, possibilitou o descaminho de 32 biliões, 944 milhões, 670 mil, 854 Kwanzas e 94 cêntimos. O foi esta que permitiu o desmantelamento da Gang.

 

Já o director de Contabilidade, João Manuel Segunda, supostamente familiares de um dos implicados no processo, no caso o esposo de Domingas Manuel (a suposta arquiteta do crime), confirmou as duas operações e cingiu a sua abordagem sobre a forma como foram desfalcados os mais de 32 biliões de Kwanzas.

 

O juiz-presidente disse que os Documentos que o Banco enviou ao Tribunal confirmam que houve de facto o roubo, dai o processo em julgamento

 

Questionado por que razão não dera conta da primeira operação fraudulenta, realizada em 2012, e só o fizeram em 2014, Paulo Katequele respondeu que não conseguiram detectar por serem feitas diversas operações diárias e que o Banco não tinha um modelo eficaz de controlo das centenas de operações que são feitas diariamente. Depois de ter sido detectado esse furto foram adotados novas medidas de segurança.