Luanda - A base de qualquer projecto, define seu crescimento, qualidade e durabilidade. As leis de base para a construção de uma nação rica e saudável em minha opinião devem responder as seguintes questões: quem somos? O que somos? O que pretendemos? Que táticas e estratégias adoptar para a realização desse objectivo? Nessa conformidade, uma vez ignoradas as bases, a fiscalização, a denúncia o julgamento e a condenação destes actos surgirão de forma natural e clara.

Fonte: Club-k.net

Esta é a história do bebé angola, que encontra- se agora com 40 anos de idade, e só agora os seus pais fazem planos sobre qual creche devem colocar seu filho angola. Ricos que são, despreocupados com o filho, passaram seu tempo em casinos de jogos, adiando deliberadamente o futuro de seu filho.

– Angola nosso filho – diziam os pais.

– Encontrarmos uma creche melhor, com babas que vieram da China, estas sim poderão dar-te as bases para o seu melhor crescimento.

– Pai – respondeu Angola.

– Estou com 40 de idade, tenho filhos e netos a olharem pra mim, e tudo o que o senhor me garante é uma creche para receber valores primários?

– Sem contestação filho – responderam os pais em tom autoritário.

– Esta é uma ordem vinda de seu pais, não se negocia.

Enquanto permanece o desentendimento entre Angola e seus pais, os filhos, e netos de Angola tentam a sobrevivência nas ruas, vendendo e comprando o que aparece na esquina para não morrerem de fome. Só que isto é contrário aos planos dos pais de Angola, que planificam a ida do filho numa instituição de valores primários. Desta feita, soltam os seus capangas com ordens para torturar e prender os que desobedecem o suposto plano perfeito dos pais de Angola.

– Vocês devem esperar – dizem os capangas.

– Em breve o vosso pai irá pra uma creche, de onde sairá munido de valores que vão nortear positivamente a vossa vida futura. Seus ingratos deveriam louvar a ideia genial dos pais de Angola, graças a eles no futuro terão uma vida melhor.

– As necessidades básicas não deve ser adiada, entendam senhores capangas. Entendam, estamos a morrer – replicam os filhos de Angola.

– Não podemos fazer nada, só devemos cumprir as ordem que nos faram dada – responderam os capangas.

Por esta razão a repressão toma contornos alarmantes. Fecham-se as torneiras das liberdades e garantias dos filho de Angola forçando-lhes a esperar.

Angola sai em defesa dos seus filhos, mobiliza homens e mulheres e fazem-se as ruas, empunhando cartazes com dizeres apelativos a consciência adormecida de seus pais, mas estes por sua vez fazem finca-pé, e respondem a esse apelo com prisões torturas e assassinatos bárbaros a luz do dia.

A Situação económica, política e sociocultural de Angola, reflecte a falta responsabilidade por parte daqueles que auto-elegeram-se na direcção do referido país, sem bases nem projecto de nação, pensaram que poder-se-ia organizar um território.

Lançar falsas bases num projecto verdadeiro é desastre. Tentaram fazer crer a sociedade que o melhor estava por vir, o que estava para chegar, chegou, as consequências dos actos irresponsáveis cultivados durante a sucessiva governação. A fome assola as famílias de todo o país, que num piscar de olhos viram evaporar os alimentos básicos no mercado, tudo, porque o preço do petróleo baixou e levou consigo a única base que sustentava o país.

A fome tem de esperar, por uma agricultura de cujos insumos sequer estão em território angolano, sustentam os dirigentes angolanos, que por sua vez têm em sua posse toda a riqueza do país para manipular como bem querem.

Lukeni Kia Samba