Luanda - As empresas de segurança informática alertam que os ataques 'online' estão a aumentar em Angola, nomeadamente o roubo de informação confidencial e empresarial, explorando o desconhecimento generalizado sobre a matéria, que é a principal vulnerabilidade do país.

Fonte: Lusa

De acordo com Nataniel Santos, administrador da empresa angolana SwitchCom, que não avança números concretos, a concorrência entre empresas tem vindo a elevar o número de ataques informáticos, o mesmo acontecendo relativamente aos bancos angolanos com atividade em rede.

"As pessoas e as empresas ainda não acreditam que já temos em Angola este tipo de crimes. Convencer os clientes que devem prevenir-se, porque os problemas já existem, estão cá, é o maior problema que enfrentamos nesta atividade", apontou o responsável, que falava à margem da primeira edição da Expo Segurança Cibernética amp; Defesa, que está a decorrer em Luanda.

"O mercado concorrencial em Angola está a aumentar os ataques, por exemplo com o roubo de informação não protegida", sublinhou.

Organizado pela Mayacom, empresa angolana especializada em sistemas de segurança eletrónica, o certame apresenta diversas soluções em matéria de segurança eletrónica de informações, precisamente para sensibilizar empresários e gestores estatais para o tema.

"As empresas internacionais que estão presentes em Angola têm preocupações de segurança, das comunicações, dos dados, mas as nacionais ainda têm muita relutância, acham que não há necessidade", admite Nataniel Santos, que é também parceiro da Mayacom, a empresa organizadora desta feira.

O assunto tem sido alvo de várias recomendações públicas da Polícia Nacional à utilização de equipamentos informáticos, mas desconhecem-se resultados da investigação de eventuais casos suspeitos.

Apesar das dificuldades, também pela importação de equipamentos pela falta de divisas, as empresas do setor garantem que o mercado angolano é "promissor" para a venda deste de serviços de proteção à segurança informática.

"O grande desafio que encontramos no âmbito da segurança informática em Angola é o conhecimento. Há uma grande necessidade de educar as empresas e o público em geral para as questões de segurança", admite Nuno Saraiva, representante em Angola da empresa de segurança cibernética Seccom, que também participa nesta primeira feira angolana do setor.