Lisboa - O Director do Jornal de Angola, Antônio José Ribeiro – indiciado pelo Tribunal de Conta por danos aos cofres do estado orçados em 30 milhões de dólares - colocou um dos seus melhores amigos Nazaré José Van-Dúnem, na folha de salário da empresa, em violação ao Decreto presidencial que proíbe a dupla efectividade na função pública.
Fonte: Club-k.net
Em violação ao Decreto presidencial que proíbe a dupla efectividade
Nazaré José Van-Dúnem é um funcionário público que exerce o cargo de adido de imprensa no Reino de Espanha. No Jornal de Angola, o seu amigo, José Ribeiro colocou-o na folha de salário com o cargo de seu assessor. As suas frequentes deslocações para Luanda, são pagas pelas Edições Novembro (empresa que tutela o Jornal de Angola) que suporta o seu alojamento no hotel Skyna e com direito ajudas de custo.
No inicio de 2014, o Ministério das Finanças (MINFIN) publicou, uma lista de funcionários públicos com dupla efectividade, tendo advertido que o exercício duplo de cargos na função pública é ilegal, uma vez que obriga o Estado a pagar duas vezes a um mesmo funcionário.
A correcção deste acto serve para preservar o emprego "per capita", isto é, um lugar para cada cidadão nas empresas estatais. Esse é um modo de combater o desemprego e de racionalizar os recursos do Estado.
Porque Ribeiro colocou o amigo na folha de salário do Jornal de Angola?
Uma competente investigação indica que José Ribeiro colocou o adido de imprensa em Espanha, na folha de salário do Jornal de Angola como gratificação por este o ter ajudado a firmar um acordo de USD 1.800. 000 entre as Edições Novembro e uma empresa espanhola “La Unidade Editorial”.
A referida empresa cujo contrato também já terminou foi até pouco tempo a responsável pela manutenção da rotativa que José Ribeiro e Artur Queiroz compraram em segunda mão na Alemanha. A rotativa que se supunha ser nova começou a ter problemas três anos depois da sua compra obrigando o diretor do Jornal de Angola a ir buscar os técnicos espanhóis para ajudarem na sua reparação.
