Luanda - As massas populares, as marginalizadas, o povo sofredor de Angola e não só, têm nos aposentos especiais dos seus corações o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, e, estão firmes no ideais de Muangai. Jonas Malheiro Savimbi nasceu no Munhango Bié, num período em que o povo Angolano vivia anos mais obscuros e sombrios da existência sob a dominação da política Salazarista.
Fonte: Club-k.net
Numerosos letrados, patriotas e a massa popular já se erguiam muitas vezes na conquista da Independência e da liberdade, mas foram reprimidos e as revoltas frustradas.
A história pôs na altura ao povo angolano um problema que era a busca de uma via para a salvaguarda da Pátria.
O jovem Jonas Malheiro Savimbi crescia numa família de nobre tradição revolucionária. O seu pai letrado patriótico recusava lealdade ao colonialismo e concebia o patriotismo como expressão de fidelidade ao povo.
O filho – Jonas Malheiro Savimbi – herdou desde os anos da juventude de resistência à invasão externa, à opressão, à exploração e à ditadura. Recebia no seio da família uma educação patriótica e a tradição de luta indomável de Jinga de Ekuikui, de Mandume e de tantos outros. Inteligente e original de pensamento, tinha o sonho de salvaguardar o país em perigo. E dizia: eis me aqui para libertar o País.
Decidiu então partir para vários países do Ocidente e do Oriente, com o fim de ver com os seus próprios olhos aqueles que tinham vindo dominar o País e dai procurar um caminho para libertar o povo. Começou então a sua viagem sem com tudo se fixar a nenhum país. Prosseguia a sua viagem para vários países da Europa, Africa, América e Asia. Descobriu que em todos os países colonizadores havia oprimidos e explorados de um lado, e de ligas opressoras e exploradores de outro.
Regressado ao País lutou corajosamente com os outros compatriotas contra o colonialismo Português não só para a liberdade do povo Angolano, mas
também para que Portugal , Rússia e outros países imperialistas morressem como metrópoles e renascessem como países livres e democrático sem dominar os outros povos.
Para se travar um combate credível e triunfante, o Dr. Jonas Savimbi propusera aos outros compatriotas o seguinte:
1o Os dirigentes dos movimentos deveriam combater lado a lado com os guerrilheiros contra o colonialismo.
2o Tantos os dirigentes assim como os guerrilheiros deveriam viver nas mesmas bases guerrilheiras e dento de Angola, e não noutros países.
3o Os oficias deveriam possuir como habilitações literárias o 5o ano do liceu, e uma preparação militar especifica.
Os outros dirigentes negaram categoricamente as propostas dos pontos 1 e 2, porque segundo eles, isto significaria por as sua vidas em perigo, eles deviam residir noutros países, mandando apenas os guerrilheiros a fazerem incursões. Também negaram a proposta do ponto 3, alegando que os oficiais letrados podiam usurparlhes o poder de dirigentes, isto é, fazerlhes um golpe.
Como não foi entendido o Dr. Savimbi, preferindo lutar lado a lado com soldados, sargentos e oficiais vivendo com estes nas bases (acampamentos) em Angola e não deixar o povo ao “deus dará”, depois de trenos militares na China fundou com outros patriotas a UNITA, na aldeia de Muangai, no Moxico aos 13 de Março de 1966.
A UNITA combateu decididamente contra a colonização “Portuguesa catanguesa”. O combate da UNITA mudou o curso da História: surgiu a revolução dos cravos em Portugal aos 25 de Abril de 1974, dirigida pelo general Português Spinola, e, os oficiais jovens da mesma revolução exigiram o fim da guerra nas colonias portuguesas. Foi assim que aos 19 de maio de 1974 houve a suspensão da hostilidade em Angola.
Aos 17 de Junho de 1974 foram assinados as tréguas entre a UNITA e oficiais portugueses
Sob o impulso do Dr. Jonas Savimbi foi possível a reunificação do MPLA aos 2 de Setembro de 1974, para o Dr. Agostinho Neto poder assinar o cessarfogo com os portugueses aos 21 de Outubro de 1974. Não se podia assinar o cessarfogo com o MPLA dividido em três facções: MPLA – Neto, MPLA – Chipenda (Revolta do leste) e MPLA – Pinto de Andrade (revolta activa), por isso houve uma necessidade imperiosa de reunificação.
Foi o Dr. Jonas Savimbi que chamou o Dr. Agostinho Neto de Lusaka – Zambia à cidade do Luso (Actual Luena) para conversações e planificação da viagem rumo a Portugal conversar com o governo Português. Por isso aos 18 de Dezembro de 1974 o Dr. Agostinho Neto viajou de Lusaka até à cidade de Luso para conversar com o Dr. Jonas Savimbi.
Foi o Dr. Jonas Savimbi que convocou Holden Roberto presidente da FNLA, Agostinho Neto presidente do MPLA para a assinatura do acordo trilateral em Mombaça (Quénia) de 3 a 5 de Janeiro de 1975 onde os três presidentes Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Savimbi – se comprometeram reconhecer a igualdade entre os movimentos de libertação nacional ( FNLA, MPLA e UNITA) e manter o respeito mútuo entre os seus presidentes.
Com a FNLA, o MPLA e a UNITA em pé de igualdade e representantes legítimos do povo Angolano, os seus presidentes assinaram com o governo Português os Acordos de Alvores em Portugal aos 10 de Janeiro de 1975.
Aos 30 de Janeiro de 1975 tomou posse o Governo de Transição de Angola.
Antes e depois da tomada de posse do Governo de Transição de Angola, os imperialistas enviaram mercenários e armamento bélico para o País.
Aos 28 de Abril de 1975 iniciou um combate violento entre o MPLA e a FNLA.
No dia 5 de Agosto de 1975 começou a guerra entre o MPLA e a UNITA, quando os militares do MPLA disparam contra o avião que se deslocava do aeroporto de Silva Porto (actual Kuito) para o exterior, transportando o Dr. Jonas Savimbi.
Os Acordos de Alvor, o Governo de Transição, as eleições que estavam marcadas para o mês de Outubro de 1975 e a proclamação da independência
de forma ordeira marcada para 11 de Novembro de 1975 foram traídos por imperialismo internacional encabeçado por MPLA.
Foi assim que a independência de Angola foi proclamada por John Pinock Eduardo em Ambriz, por Agostinho Neto em Luanda e por Jonas Savimbi na cidade do Huambo.
O imperialismo decidido em fazer de Angola uma neocolónia atrelouse ao MPLA com o material de guerra já mais visto em Africa, desencadeando uma guerra feroz contra os Angolanos Patriotas.
O Dr. Jonas Savimbi, de tanto viajar ao encontro do Dr. Agostinho Neto, de tanto viajar para conversar com Holden Roberto para se conseguir a paz em Angola, pondo termo os conflitos, o povo heróico do Moxico cognominaramno de “MUATA DA PAZ”
O Dr. Savimbi conduziu heroicamente os patriotas angolanos durante a resistência contra os imperialistas invasores.
O Dr. Jonas Savimbi nunca se vendeu nunca se rendeu e repudiou energicamente e considerou como um crime imperdoável, o exílio programado e divulgado por José Eduardo dos Santos a fim de ser oferecido ao “Muata da Paz”.
O Dr. Jonas Savimbi dizia:
Para mim tirando Angola não há mais nada.
Eu sou patriota, o meu pai morreu em Angola e eu nunca vou trair o meu pai e por isso morrerei em Angola.
A cooperação para comigo não é fácil. Primeiro o angolano, segundo o angolano, terceiro o angolano, quarto o angolano e o Angolano sempre; não sei ondem ficam os outros.
Na minha cabeça não cabe a teoria de valorizar em primeiro lugar o estrangeiro em detrimento do angolano.
O angolano tem de ser valorizado.
Não pode nem deve haver angolano de primeira classe, angolano da segunda classe e angolano de terceira classe.
O Dr. Jonas Savimbi previa o que ia acontecer com Angola e com os angolanos desprotegidos (massa populares), com o imperialismo, a ditadura e opressão implantado no País.
Dr. Savimbi negou a escravidão e contra ela lutou até as ultimas consequências, isto é até a morte aos 22 de Fevereiro de 2002.
Se o MPLA fala de democracia embora teoricamente, deve agradecer ao Dr. Jonas Savimbi pioneiro de ideias democráticas em Angola.
Sem o Dr. Jonas Savimbi nenhum do MPLA teria a coragem de pronunciar o termo “multipartidarismo”.
Sem os ensinamentos do Dr. Jonas Savimbi, caladinhos nos corações de milhares de angolanos de Cabinda ao Cunene, quem se pronunciasse sobre a “democracia” e sobre o “multipartidarismo”, seria imediatamente executado.
Tudo mais absolutamente tudo que o Dr. Savimbi previa para Angola neocolonizada com o MPLA à testa, está acontecendo.
Ele previa e dizia sem medo tanto aos angolanos assim como aos próprios imperialistas e neocolonialistas. Sem medo de errar SIVIMBI foi profeta angolano nos momentos difíceis do País.
SAVIMBI era um dos raros homens da história que compreendia e traduzia de maneira perfeita as aspirações do povo. Dedicava a sua vida inteira tanto para actuar e combater pela liberdade do povo angolano, assim como pela liberdade de todos os povos oprimidos.
O povo Angolano desprotegido, desamparado e marginalizado guarda na memória o ilustre revolucionário – Jonas Malheiro Savimbi – fundador da União Nacional Para a Independência Total de Angola (UNITA).
Sofrimento Esperançoso