Lisboa – O novo governador provincial de Luanda, general Higino Francisco Carneiro decidiu ele próprio acumular a gestão da província com as tarefas de Presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, cargo até pouco tempo exercito por José Ferreira Tavares.

Fonte: Club-k.net

Novo governador com poderes expandidos

A decisão do governador em acumular as duas pastas é baseada na argumentação segundo a qual a “província de Luanda não pode ser governada por duas pessoas ao mesmo tempo”. Os dois últimos governadores de Luanda, Bento Francisco Bento e Graciano Domingos chefiaram Luanda, com um poder paralelo nas mãos de José Ferreira Tavares.

 

Desde que assumiu a província de Luanda, o general Higino Carneiro tem procurado se impor de modo a ser um governador de facto. Recentemente, a margem de uma reunião com os moradores da centralidade do Kilamba deixou claro ao comandante da polícia nacional naquela localidade que poderia deixar o cargo caso nao levasse em conta as reclamações de insegurança dos moradores.

 

“Não minimize, tenha sempre presente aquilo que os cidadãos dizem, se quiser continuar aqui como comandante da polícia”, disse o general governador na presença dos moradores que participavam numa reunião, a margem da visita que ele efectuou a centralidade do Kilamba.

 

Higino Carneiro no Conselho de Ministro

 

Desde que foi nomeado governador de Luanda, o general Higino Carneiro tem sido convidado a participar nas reuniões do conselho de ministro. No passado dia 24 de Fevereiro, participou na 2ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, no Palácio Presidencial da Cidade Alta em Luanda.

 

A participação (como convidado) do general neste órgão colegial do executivo (destinado aos ministros) é vista como um indicador da sua afirmação como governador e correspondida pelo titular do poder executivo, José Eduardo dos Santos.

 

Na historia dos últimos governadores de Luanda, apenas Francisca Espirito Santos que participava neste órgão colegial do executivo. Antes o Presidente a nomeou ministra sem pasta de forma a facilitar o seu acesso, uma vez que   o órgão do conselho de ministro é apenas para o titular do poder executivo, seus adjuntos (Vice-Presidente e Ministros de Estado), ministro e secretários de estados, na ausência dos titulares dos respectivos cargos.