Lisboa – Está se a dar razão as denúncias do activista Rafael Marques e outros, segundo as quais a maior parte dos gestores públicos que servem o regime do Presidente José Eduardo dos Santos (JES) têm gerido as empresas do Estado como se estas fossem herança familiar ao ponto de usarem fundos públicos para compra de mobílias para a residência dos seus parentes.

Fonte: Club-k.net 

Presidente da República  agraciou-o com a recondução ao cargo 

Desta vez a denúncia veem do próprio Tribunal de Contas que através de uma competente auditoria detectou que o PCA das Edições Novembro e DG do Jornal de Angola, Antônio José Ribeiro usou fundos da empresa que dirige para compras de mobílias e plasmas para a sua residência, entre o período de gerencia de 2013 e 2014.

 

De acordo com o documento do Tribunal de Contas que o Club-K teve acesso, aquele gestor público usou fundos públicos para a aquisição dos seguintes bens.

 

  • Aquisição de um telefone para o PCA
  • Aquisição de um computador para a casa do PCA
  • Montagem de mobília na residência dos familiares do PCA
  • Aquisição de material eletrônico para a residência do PCA
  • Aquisição na Unitel de um telemovel de marca Nokia 820
  • Foram também transferidos fundos públicos a favor do seu assessor Artur Queiroz para as despesas do funeral de sua mãe, falecida em Lisboa.

 

Documentos em posse do Club-K, revelam que estes são apenas os bens de pequena dimensão pagos com dinheiros público. No total o director do Jornal de Angola terá provocado um arrombo aos cofres daquela empresa em mais de 30 milhões de dólares. O Tribunal de Contas deu-lhe duas semanas para justificar estes gastos.

 

Antônio José Ribeiro, segundo noticiou o Club-K, chamou uma empresa de consultoria portuguesa, a PKF – auditores e consultores, para o ajudar na reposta ao Tribunal de Contas, quanto ao desfalque ao erário público. O mesmo deverá entregar o contraditório neste segunda-feira (29) revelando-se confiante que os seus apoios políticos se sobreporão às constatações do Tribunal de Contas e às decisões de reembolsar o Estado em mais de 30 milhões de dólares.

 

O gestor José Ribeiro foi recentemente reconduzido pelo Presidência da República para voltar a dirigir as Edições Novembro, empresa detentora do Jornal de Angola que o mesmo desfalcou entre o período de 2013 á 2014.