Luanda - João de Lemos Ferraz, 42 anos de idade, inspector da Polícia ao serviço do SIC na Divisão da Samba, foi encontrado morto dia 9 de Fevereiro. A família não tem dúvidas e acusa: foi a própria Polícia que o executou.

Fonte: Opais

Conta um dos irmãos que João Ferraz foi “linchado pelos colegas”, ou seja pela própria polícia para a qual trabalhava, só assim se justifica o silêncio e a morosidade que se regista no processo de apuramento da veracidade dos factos. O inspector da Policia Nacional, que deixa viúva e 4 filhos menores, terá recrutado durante o exercício das suas funções, dois informantes no seio familiar, sendo um filho do seu padrasto e o outro filho da irmã do padrasto.

 

Os informantes, terão servido os propósitos de Ferraz até que por razões que a família diz “desconhecer”, no dia 9 de Fevereiro fizera recurso aos mesmos pela última vez, pois que posteriormente os dois foram encontrados sem vida. Segundo a família, terá sido o próprio João de Lemos Ferraz quem chamou os dois como era prática.

 

“Alguma coisa terá corrido mal e ele e seus colegas mataram os dois informantes”, conta um dos irmãos que não tem receio de afirmar que o irmão esteve envolvido no linchamento das duas primeiras vítimas ocorrido algures no Bengo.

Acto contínuo, os familiares das duas vítimas, que dominavam a relação daqueles com João de Lemos Ferraz, terão pressionado no sentido de que este ajudasse a esclarecer o ocorrido com os seus entes-queridos, brutalmente assassinados.