Luanda - 1 - É uma promessa como várias e tantas outras que José Eduardo dos Santos fez e que a experiência nos obriga a não levar a sério;

Fonte: Pedrowski Teca

2 - Esta promessa é para fazer com que os angolanos acreditem mais uma vez no MPLA e seu líder, tentando fazer-nos acreditar na esperança da mudança e dias melhores; Só os ingênuos cairão nesta farsa;

 

3 - A promessa surge também para apaziguar os espíritos de revolta. Daqui a diante, o discurso dos bajuladores do regime do MPLA será: para quê exigir a saída do presidente se ele mesmo já definiu que sairá em 2018?

 

4 - Esta promessa é uma casca de banana onde escorregarão os militantes do MPLA que precipitadamente apresentarem ou manifestarem disponibilidade ou candidaturas aos cargos de liderança, achando que finalmente haverá democracia e consequentemente múltiplas candidaturas em várias posições máximas do partido;

 

5 - A mensagem que JES emitiu hoje significa que ele será o candidato número 1 do MPLA nas Eleições Gerais de 2017, isto é, para garantir que o seu partido ganhe e consequentemente em 2018 demitir-se-á e irá impor a figura número 2 da mesma lista partidária à presidência da República;

 

6 - Se JES demitir-se em 2018, o presidente será a figura que for nomeada vice-presidente, o que quer dizer que JES tem 1 ano para encontrar tal figura;

 

7 - Se JES ganhar as eleições em 2017 e VOLUNTARIAMENTE demitir-se em 2018, será uma pena para os seus críticos e opositores porque o gesto demonstrará a incapacidade e fragilidade dos mesmos, pois a alternância que ocorrerá a partir de dentro do MPLA, apenas irá garantir a continuidade do sistema/regime, e não será genuína ou em prol dos interesses do povo;

 

8 - A promessa feita hoje, é sinal de que JES perdeu definitivamente a capacidade de dar respostas aos problemas dos angolanos e está a procura de factos políticos para distrair os ingênuos;

 

9 - Entendam bem: abandonar política activa significa que estará na política passiva, querendo dizer que vai continuar a manipular quem quer que ele imponha na presidência, afim de proteger os seus interesses.