Malanje – Tal como ensina a sabedoria popular, “tudo que começa, tem fim”, infelizmente, os homens nem sempre raciocinam nessa perspectiva, quando são acometidos a responsabilidade de cargos públicos.

Fonte: Club-k.net
De acordo com uma fonte bem colocada junto do Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Rádio Nacional de Angola, o conflito que opõe os trabalhadores da Rádio Malange ao director, Francisco Pedro, apresta-se a terminar já que pode estar para breve a sua exoneração, o que já era sem tempo, se nos apegarmos ao facto de que o mesmo agrediu um subordinado em Dezembro de 2015, e tentou banalizar este acto de tamanha prepotência alegando que desferiu um coco e não um murro na nuca da vítima.

Quantos de nós não ficou preocupado, quando nos últimos tempos ouve-se aqui e acolá, lastimáveis comentários que a RNA deixou de ser um veículo credível para disseminar entre os angolanos a mensagem acerca da necessidade de construirmos uma sociedade de paz, onde males como a violência doméstica devam ser energicamente combatidos, quando ela, a tão propalada rádio “mãe”, estaria a promover uma cultura de violência ao encobrir um director que agride fisicamente quadros da empresa.

Ao ser assim, há razões para respirar de alívio, porque não basta emitir vezes sem conta todos os dias os spot’s que condenam a violência doméstica e a criminalidade de um modo geral.

Que futuro se espera para a Rádio Malange, uma vez descontada para o passado a era “Chico do Punho Cerrado”, pode ser hoje por hoje, segundo a nossa fonte, o grande dilema do momento, senão vejamos: Os trabalhadores são apologistas da indicação de um director equidistante, de preferência que venha de outras latitudes, capaz de congregar os profissionais já de si arreliados com uma gestão onde os processos disciplinares fantasmas ocorrem em catadupa, sem apelos nem agravos.

Sabe-se ainda, de acordo com a mesma fonte, que o actual director provincial da comunicação social, Nelo de Carvalho, afastado da Rádio Malanje por influência do próprio Francisco Pedro, é quem dita agora as regras na casa, onde após ascender a chefe de produção, azedou as relações com o grosso de funcionários e passou destratar os colegas a quem envia recados ameaçadores, porque entre outras justificativas, acham-se estrelas, e tratam-no por Nelo, e não por director.

 

Segundo consta, o sr. Nelo de Carvalho tirando partido do seu cargo de director provincial da Comunicação Social, está em correrias, no sentido de influenciar o PCA em nomeá-lo, ou então indicar alguém de sua confiança, ao que se cogita, tratar-se da editora principal, Eugénia de Carvalho, para a sucessão do Chico Pedro.

Porquanto, alcançar o cargo de director da Rádio Malange consta do seu velho sonho, desde o tempo do ex-director Carlos Matari. Já a sua opção pela editora principal, como alternativa, é no sentido de poder controlar a Rádio a seu bel-prazer, não só por esta apresentar muitas debilidades de gestão, mas também por ser sua concubina e, com isso, manipulá-la como quiser.

Caso esta intenção venha a consumar-se, os funcionários daquela emissora começam a sentir os ventos da maldição e questionam: “quando é que os bons ares hão-de soprar na casa?” Ou seja, “desaloja-se o jacaré e coloca-se o crocodilo”. A ser assim, a nuvem negra que paira sobre a Rádio Malange, desde que o director Francisco Pedro assumiu direcção daquele órgão, estará longe de esfumar-se.

Todavia, os trabalhadores, ainda assim, acreditam no bom senso da direcção da RNA, em particular do PCA, Eng.º Henriques dos Santos, em demandar alguém de outras latitudes, com boa educação, que saiba estar diante dos colegas, que tenha maturidade e noção de liderança, para conduzir os destinos da Rádio Malange, dentro de um clima de bom relacionamento, baseado no profissionalismo.