Luanda - Portugal fez um investimento secular em Angola reconheçamos, não se surpreendam das suas posições aos dias que correm em todas as esferas que comportam a existência de Angola como País (a língua portuguesa, cultura e valores ), os angolanos e outros países africanos e não só continuarão a pagar o retorno de investimentos neste domínio indefinidamente, se continuarem a desvalorizar as suas proporias identidades, no caso de Angola a Africana.

Fonte: Club-k.net

Temos de assumir agora um compromisso de reformular e fundar a nossa própria (Língua oficial, mosaico cultural e valores angolanos e adoptar o Português como língua transitória e comercial por razões da submissão a que estávamos voltados). Eles conseguiram implantar em mais de 500 Anos, nós conseguiremos em menos tempo adoptando uma das nossas línguas nacionais . Eu não posso me cansar em falar disso pois, é o que está a causar a nossa estagnação de Angola como Nação livre e independente. Considero um paradoxo Angola ser livre e independente com a língua, cultura e valores de Portugueses. Sugiro que seja retirada a língua portuguesa o ponto 1 do artigo 19o na próxima revisão da constituição e remeter para um articulado que adoptará essa língua, como transitória e comercial até que Angola tenha a sua própria língua oficial, cultura heterogénea e valores.

 

Isto é possível, as novas gerações hão deconseguir e perseguir este objectivo, por isso deverá ser um dos fins de Angola no quadro da sua visão de futuro. Manifesto a minha solidariedade ao Sr Chicoty, na sua qualidade de Ministro e personalidades da CPLP que já se pronunciaram a favor e apelo as entidades competentes do Governo de Angola a iniciar o trabalho da elaboração de uma estratégia de longo prazo que, libertará Angola totalmente , incluindo da cultura portuguesa e transitoriamente dependente dela no quadro de relações reciprocas entre os estados. 


Não podemos proteger um presente reducionista que perpetuará a dependência de Angola como Nação livre e independente no concerto das nações em sentido absoluto. Ao entendermos a dominação como um processo psicológico, nasce a importância de nos devolvermos às nossas matrizes etnolinguísticas, pelo facto do pensamento se reproduzir na língua e na linguagem. Para o caso concreto, na língua na qual pensamos. Acredito que África deva devolver‐se nesse domínio, à uma língua continental que possa unir o povo africano de norte a sul do Saarah, tal como o inglês opera na Europa e, não de forma isolada. Num primeiro momento poderia se dar de forma regional, por exemplo o kikongo que é falando tanto no Congo como no norte angolano. Em África poderíamos pensar no Suali por exemplo pela extensão que abarca, saindo do centro de África, Congo ao Ocidente africano, Kénia.


Ainda que não seja consenso no seio dos historiadores africanos o facto de a conferência de Berlim, ter de facto servido como ponto de partida para a partilha das nações africanas, um facto é que, o ano de 1885, oficializou a dispersão do pensamento africano, se considerarmos que a dominação sobre África, pressupôs a proscrição à sua própria língua e forma de pensar. Logo, se para o homem ser, tem que pensar, o pensamento à expressão colonial, não nos devolverá a África, pelo contrário, nos impelirá cada vez mais à essa expressão, à essa forma de ser. Esse processo se reproduz na língua.