Lisboa - A nomeação do advogado Valter Filipe Duarte da Silva para governar  o BNA, tem estado a motivar altos funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI), a procederem “due delligence” no sentido de compreender as motivações que levaram o Presidente José Eduardo dos Santos (JES), a indicar para tal responsabilidades, um jovem sem experiência profissional em banca.

 Fonte: Club-k.net

PR desprestigia   banco central 

Os responsáveis do FMI, interessados no assunto, denotam  surpreendidos, uma vez que haviam despachado para Luanda,  uma missão chefiada pelo brasileiro Ricardo Velloso, e uma semana depois ocorreu a substituição do governador do  banco central.

 

Em Luanda, a missão do FMI reuniu com a equipa económica, com o propósito de actualizar-se sobre os desenvolvimentos recentes da execução da política económica e suas perspectivas. Ao mesmo tempo recomendou ao Governo angolano a criação de um Fundo de Estabilização Fiscal para poupar parte dos recursos gerados com a exportação de petróleo e assim acomodar futuras flutuações e novas crises.

 

O FMI segundo informações respeita a nomeação do novo governador do BNA por se tratar de um acto soberano do governo de Angola, porem entende que a indicação de um governador sem credenciais sobre o sector econômico desprestigia o principal  banco central do país.

 

Os anteriores governadores como por exemplo José de Lima Massado, é tido como um dos melhores governadores dos últimos tempos. Atribuem-lhe competência apurada e é visto como o responsável que liderou os instrutivos e as normas que levaram o país a sair da chamada zona cinzenta pelo GAFI.

 

Pedro de Morais é também um quadro competente mas que ficou prejudicado pela reputação de alegadas praticas menos boas de proveito pessoal. Nos meios financeiros diz-se que a sua última nomeação como governador do BNA, foi como “colocar a raposa a tomar conta do galinheiro”.

 

Valter Filipe Duarte da Silva, o seu substituto é um advogado formado em Portugal e com um mestrado em direito comercial. Teve uma curta passagem no Banco de Fomento de Angola (BFA) como consultor jurídico logo apos o seu regresso ao país. Desde então tem se destacado como analista politico dos órgãos de comunicação do regime. Já foi assessor jurídico dos serviços de apoio  ao  Vice-Presidente da República.   Ultimamente estava colocado no gabinete do Secretario Geral do MPLA, Dino Matross.

 

De acordo com consultas, a sua nomeação foi impulsionada por uma posição que tomou num debate na TV Zimbo que fascinou o Presidente José Eduardo dos Santos. Logo após o PR, ter assistido ao debate chamou um dos seus conselheiros, o general Leopoldino do Nascimento “Dino” e este por sua vez ligou para o director-geral da TV Zimbo, Francisco Mendes solicitando o CV, de Valter Filipe da Silva consumando assim a sua nomeação para dirigir o BNA.

 

Em meios da sociedade civil em Luanda, alega-se  que para a nomeação de quadros da linha de Valter Filipe da Silva, as autoridades passaram a exigir os seguintes critérios: (1) adular o PR, (2) Ser membro ou próximo dos serviços de inteligência (3) defender até com irracionalidade as politicas do regime e  (4) Publicidade do CV nos órgãos de comunicação social mostrando que se tem competência técnica pela formação que se ostenta.