Luanda - 1. O BD‐Luanda acha que não obstante a falta de clarificação dos moldes em que a prometida retirada da vida política activa será feita, tal decisão do Presidente da República é sensata e que, a concretizar‐se, desta vez, no tempo indicado, peca apenas por ser tardia.
Fonte: BD
2. O BD‐Luanda considera que se não tivesse tardado tanto tal decisão, o país não estaria a enfrentar uma profunda crise social, económica, financeira e política causada, não apenas pela queda do preço do petróleo, mas sobretudo pela “falta de ética, má gestão do erário público e corrupção generalizada”, bem como pela “mentalidade e compadrio ao nepotismo, em acúmulo à discriminação derivada da partidarização crescente da função pública, que sacrifica a competência e o mérito”, como diz o documento final da Primeira Assembleia Ordinária da CEAST, realizada entre 02 e 09 de Março.
3. O BD – Luanda subscreve tal constatação e considera que a profunda crise que o país vive se deve à teimosia do PR em se eternizar no poder e em implementar políticas viradas para a exclusão da maioria dos angolanos e para a “acumulação primitiva de capital” da minoria, agravando cada vez mais o fosso entre os pobres e os muito ricos que se apoderaram (e continuam a apoderar‐se) das riquezas nacionais de forma desonesta e fraudulenta.
4. O BD – Luanda considera que as eleições (gerais ou autárquicas) são uma questão de cidadania, isto é, um assunto que diz respeito a todos os cidadãos e defende que uma nova candidatura do actual PR é politicamente imoral já que se trata de uma candidatura a prazo, não correspondendo à expectativa geral dos cidadãos que é a de elegerem um Presidente da República para o respectivo mandato de cinco anos e não para ver este ser substituído pelo segundo da lista.
5. Por último, o BD–Luanda embora se oponha a candidatura do cidadão José Eduardo dos Santos à Presidente da República não se pronuncia sobre a sua candidatura ao cargo de presidente do seu partido, pois esta situação diz respeito apenas aos seus militantes.
