Lobito - Um ano depois, as famílias desalojadas pelas chuvas continuam a viver em tendas, debaixo de fortes chuvas. A falta de água potável desde Dezembro, energia eléctrica, falta de medicamentos e a existência de cobras e lacraus, foram os principais relatos que ouvi (Numa reportagem) de várias famílias que foram colocadas a cerca de 27 quilômetros da cidade do Lobito, conhecida hoje como CABRAIS.

Fonte: Club-k.net

Entre o lamento da morte de ente queridos, os desalados das chuvas do Lobito, vivem até hoje de incertezas sobre o termino definitivo das suas residências,  Inicialmente, o governador Isaac dos Anjos, tinha afirmado que seriam as famílias sinistradas a custearem as obras das residências, porque segundo suas palavras “ o ideal é no céu, aqui na terra tudo se paga e não se pode prometer as pessoas aquilo que não se pode dar”.

 

Mas a verdade, é que sobre o luto e a dor das famílias desalojadas pelas chuvas, se escondem negócios nebulosos.

 

A empresa PIS de um empresário amigo do governador de Benguela lidera um conjunto de negócios desde a terraplanagem a construção de 370 bases/alicerces das casas, que custaram 10 mil dólares cada, prefazendo um “bolo” de aproximadamente 3 Milhões e 700 dólares.

 

De acordo com as nossas fontes, face alguma pressão de “LUANDA” foi encontrada uma forma de financiamento para a conclusão das 370 bases/alicerces, num negocio em que a PIS aparece a liderar a empreitada.

 

No meio do negócio debaixo da dor e do luto das famílias desalojadas pelas chuvas, setores da opinião pública questionam o paradeiro das doações de Bento Kamgamba, Sonangol, UNItel ,Endiama, Presidência da República e outras entidades, uma vez que um ano depois da tragédia, ainda nenhuma residência foi concluída e os sinistrados continuam a viver em tendas e num estado deplorável.