Benguela - O Mpla pregara-se para expulsar 3 dos seus 9 emissários da Comissão provincial eleitoral (CPE) por alegada “indisciplina partidária”. De acordo com fontes próximas ao dossier, depois do afastamento do presidente da CPE de Benguela Jolima, numa votação secreta, os 3 comissários visados e os 6 comissários dos partidos da oposição votaram para presidente em exercício o comissário do Mpla Ângelo Inocêncio, em detrimento do Comissário também do ême, Evangelista Basílio, ex-vice governador Provincial de Benguela.

Fonte: Club-k.net

Evangelista Basílio teria sido indicado como candidato a presidente interino num pequeno encontro considerado “secreto” sem reunir consenso dos 9 comissários do Mpla.


Remetido o caso ao nível do “KREMLIN” provincial, as fontes indicam que Vítor Moita e Zacarias Ndavoka, membros do comité provincial do MPLA, estão a liderar um movimento com a divisa de “castigo máximo” para os 3 comissários, estando neste momento em curso um acto de auditoria a todo o processo que levou a derrota do comissário EB, ex-vive governador de Benguela.


Os dois influentes membros do CP/MPLA, defendem a expulsão dos visados, como forma de se pôr cobro a onda de desrespeito ao sentido de voto de orientação superior.


Como fundamento, os mesmos avançam com os exemplos dos casos das eleições ocorridos na Jmpla e recentemente no Comité de especialidade dos empresários, onde os candidatos do 1.º secretário provincial do MPLA Isaac dos Anjos perderam a favor dos candidatos de correntes internas hostis a actual liderança política de Benguela.


Entre os comissários “insurrectos” está a conhecida Tia Rosa de 73 anos de idade ex-membro do CC do Mpla que segundo as mesmas fontes, a mesma ao tomar conhecimento da proposta maléfica dos seus colegas partidários, está em permanente ataques de choros, temendo o fim do seu ganha-pão, já que os comissários da CPE têm como simpáticos salários cerca de 500 mil kuanzas/Mês.


Embora ainda não se conheça o desfecho deste caso, o certo é que já circula uma lista com os nomes dos possíveis substitutos dos comissários “insurrectos” indicados, segundo nossas fontes em critérios familiares e de compadrio, na mira dos “simpáticos” salários.


No seio dos comissários dos partidos na oposição junto da CPE (comissão provincial eleitoral), que também votaram para o comissário do MPLA Ângelo Inocêncio, as suas reacções são de estranheza e apontam a falta de práticas democrática no seio do partido dos camaradas como o principal motivo da punição dos seus colegas.

Contacto para falar sobre o assunto, Zacarias Ndaoka, secretário para os assuntos eleitorais do MPLA em Benguela confirmou o caso e negou a participação de Vitor Moita, mas adiantou que tudo está a ser feito sob direcção dos órgãos colegiais do seu partido e não de forma pessoal.


Neste quadro, não se sabe como é que a Comissão poderá reagir ao caso, depois de ter já nomeado interinamente Ângelo Inocêncio como presidente interino da CPE de Benguela, até que seja nomeado um novo presidente, lugar indicado penas para magistrados, cujo concurso público local já está em marcha.