Luanda - O Censo da População e Habitação contribui decisivamente para melhorar o conhecimento da realidade socioeconómica e aperfeiçoar o exercício de gestão e planeamento do desenvolvimento económico e social, considerou hoje quarta-feira, nesta cidade, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa.

Fonte: Angop

Edeltrudes Costa discursava na cerimonia de apresentação dos resultados definitivos do Recenseamento Geral da População e da Habitação, (RGPH - 2014), em representação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Sublinhou que o Censo é um dos mais importantes instrumentos de ajuda à governação, que tem sempre de se apoiar em informação consistente e guiar-se por indicadores e
metas concretas.

“O uso da informação do Censo 2014 pode, assim, aperfeiçoar os instrumentos de análise para uma melhor avaliação de políticas, planos e programas de desenvolvimento, por um lado, e por outro, para delinear de forma mais segura as políticas, estratégias e programas de governação para os próximos anos, que conduzirão a alcançar os grandes desígnios nacionais”, disse.

Acrescentou que Angola está apostada em atingir os objectivos de Desenvolvimento sustentável “2015-2030” e muitos dos indicadores de desenvolvimento sustentável e do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 estão contemplados no censo 2014.

“Estamos assim em condições de verificar qual a base de partida e qual o nível de progresso realizado no que respeita aos vários objectivos já definidos. Entre os objectivos da agenda de Desenvolvimento Sustentável e do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017, a nossa maior preocupação centra-se na redução da pobreza, que continua a ser para nós um grande desafio”, admitiu.

Adiantou que, o Censo 2014 alcançou resultados positivos na actualização da Base Cartográfica, feita durante 18 meses, que permitiu definir com maior precisão os limites geográficos
das comunas, bairros e aldeias, a toponímia, de um modo geral a divisão política administrativa do país.

Sublinhou que, o censo permitiu também a elaboração de Planos de Desenvolvimento regionais, conferindo bases sólidas para a elaboração de um Cadastramento Territorial e
um Sistema de informação Geográfico Geo-referenciado que pode ser utilizado por todos os sectores públicos e privados.

Por outro lado, o ministro sublinha que a habitação foi uma componente importante do censo 2014, pois trata-se de outro domínio prioritário da acção do Governo, no qual ainda existe
um importante défice, apesar do esforço apreciável que se tem vindo a empreender, sobretudo no que respeita à habitação social.

Acresceu que, para além disso, o censo 2014 fornece e coloca à disposição da sociedade, em especial dos académicos e investigadores, informação de qualidade sobre diversas áreas
de interesse.

Os resultados definitivos do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH) realizado em 2014, divulgados nesta quarta-feira, em Luanda, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) órgão que, através do Gabinete Central do Censo, coordenou a operação, adiantam que a população angolana é constituída actualmente por 25 milhões 789 mil 024 habitantes, seis milhões 945 mil e 386 dos quais vivem na capital do país, Luanda.

De acordo com os dados, apresentados pelo Director Geral do INE, Camilo Ceita, deste universo 12 milhões 499 mil 041 são homens e 13 milhões 289 mil 983 mulheres.

Angola não realizava um censo geral desde 1970 e as estatísticas ora apresentadas vão contribuir para as políticas do Estado viradas para a resolução dos problemas da população.
Doravante, não mais serão utilizadas estatísticas por estimativas, pois todos os dados estão disponíveis com a apresentação dos resultados definitivos.

Mais de 100 mil pessoas, entre recenseadores e técnicos garantiram o êxito do Recenseamento Geral da População e Habitação 2014, cujos resultados preliminares foram
divulgados em Outubro deste ano.

Participaram da cerimónia vários ministros, dentre eles ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, da Educação, Pinda Simão, Ambiente, Fátima Jardim, do Interior, Ângelo
Veiga Tavares, Ministro do Planeamentoe e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, e o ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa.