Windhoek - Em Outubro de 2008, a Santa Sé recebeu,  um enviado do Presidente José Eduardo dos Santos que levava  uma missiva para o Papa Bento XVI que se estima ter sido  o  convite para visitar Luanda. Em “resposta”,  a Santa Sé,  despachou  para Luanda,  na  primeira semana de Novembro, Alberto Pasbari,  o  Responsável do Vaticano pela logística do Papa Bento XVI nas visitas ao exterior, para fazer   levantamento  da  programação da visita do Sumo Pontífice. Pasbari, reuniu  com a comissão ministerial preparatória,  forças de segurança  e fez  Análise dos lugares onde o Sumo Pontífice iria passar.

 A RADIO ECCLESIA

O tema “extensão da Radio Eclésia” causou  expectativas.   Hayde Fitzpatrick,  ao serviço da  TV “France23”, foi ao estúdios da Radio Eclésia, para ouvir  os profissionais da estação.  Fez uma reportagem que apresentava a Emissora Católica com o seguinte dizer:  “Com 3 milhões de ouvintes, esta é uma das raras rádios independentes de Angola, é uma das rádios  que o governo não pretende que seja ouvida”.

 Estimava-se que a  visita do Papa a Angola poderia desbloquear definitivamente a situação da Radio Eclésia cujas emissões estão limitadas à capital do país. O  Núncio Apostólico em Angola, D,.Angelo Becci, também estava  convicto  de que  Bento XVI conseguiria que o governo angolano autorizasse a emissora católica de Angola a emitir para todo o país.  Manifestou, no inicio  do mês de Março, quando falou a Rádio Vaticana que havia sinais concretos neste sentido.

 As esperanças viriam a murchar quando o Padre Frederico Lombardi  veio a publico revelar  que o assunto não foi discutido na audiência que o Chefe de estado angolano concedeu ao Somo Pontífice. Desde então começou a  ventilar  vários pareceres sobre uma alegada recusa, por parte, das autoridades angolanas.

A previsão que se faz  é que depois das eleições presidências, as autoridades poderão permitir que o sinal da igreja chegue ate ao interior o pais. Fazendo agora daria a impressão  que foram alvo de pressões da Santa Sé. Ha também vozes que atribuem comodismo das chefias religiosas em Angola traduzidos no parecer de que tem uma tradição milenar e que podem esperar 100 ou 1000 anos para que a Eclésia seja escutada pelos fieis em todo pais.

 SERVIÇOS DE SEGURANÇA E ORGANIZAÇAO

A  segurança  da escolta que acompanhou , o  Santo Padre, foi coordenada pelo Coronel Daniel  Anrig, um jovem  de 36 anos, da Guarda Suíça Pontifícia que responde directamente  ao Cardeal Tarcisio Bertone, o “numero dois” da caravana papal em Luanda.

 O aparato de segurança disponibilizado pelas autoridades angolanos  impressionou o  Papa. Antes de partir  agradeceu o trabalho destes.  As autoridades  demonstraram que Angola reúne  condições de segurança para acolher qualquer personalidade do mundo. Colocaram mais  de 10 mil oficias policias nas Ruas, um numero que é  bastante inferior, aos 400 policias federais que o Brasil havia lhe disponibilizado na sua ultima deslocação a aquele pais  em 2007.

 Em Luanda, quatro atiradores especiais foram colocados em  prédios na área do estádio dos Coqueiros e  o helicóptero da Polícia Nacional fazia parte da segurança montada. Varias unidades de patrulhas pelas ruas e igualmente militares camuflados que se presume pertencerem ao batalhão presidencial.  Os bispos eram guiados  com batedores e saiam  dos carros escoltados à entrada por militares armados de Kalashnikov.

Os responsáveis das forças de  segurança envolveram-se pessoalmente ou acompanharam “in loco”.  Um alto funcionário dos Serviços de Inteligência Externa (SIE),  Brigadeiro Gilberto Veríssimo, orientou “in loco”,  os operativos distribuídos  na extremidade da área do protocolo do aeroporto de Luanda. Em Ultima da hora,  o SIE,  alterou pequenas linhas de acção respeitante ao colectivo de religiosos que previa aguardar o santo padre, na pista tendo decidido que ficassem apenas na berrna adjacente ao largo ou parque de estacionamento enquanto que o grupo de cântico ficasse no terraço  do aeroporto.

Fonte: Club-k.net