Luanda - Doze pessoas acusadas de estarem envolvidas no assassinato de quatro cidadãos de nacionalidade chinesa no bairro do Benfica, município de Belas, em Luanda, foram hoje, segunda-feira, apresentados pelo comando provincial da Polícia Nacional.

Fonte: Angop

O crime ocorreu quando as vítimas foram atraídas pelo cidadão identificado por Nataniel Minguês, de 30 anos de idade, considerado o mandante do crime, para a compra de uma parcela de terra de dois hectares e 400 metros, localizado na zona verde, na comuna do Benfica, alegadamente pertencente ao seu pai ao preço de 120 milhões de kwanzas.

 

Nataniel Minguês, em declarações à imprensa, explicou que “ de facto não existia terreno algum e os chineses já haviam pago 37 milhões de kwanzas correspondente a dez por centos do valor inicial. Nós havíamos combinado dez dia para entrega do terreno e eles (vítimas) estavam a pressionar muito (...)”.

 

Devido a pressão Nataniel Minguês combinou com um outro cidadão para se fazer passar por seu pai, alegadamente proprietário do terreno, depois de receber a quantia de 300 mil kwanzas, tendo este aconselhado a eliminar os chineses.

 

Entretanto, para cometer o crime que aconteceu no início do mês de Março contrataram, posteriormente, outros sete elementos alegadamente alguns pertencentes a brigada de comandos das Forças Armadas Angolanas, no sentido de executar os chineses e fazer desaparecer os corpos, tendo recebido cada um cerca de 240 mil kwanzas, para fazer o trabalho de execução.

 

Depois da combina com os executores, prosseguiu Nataniel Minguês “ liguei para os chineses para que fossem ao meu encontro para tomar posse do terreno, ai os homens entraram em acção e espancaram até a morte as vítimas com paus e ferros e atirando-os para um tanque de água vazio, localizado num terreno abandonado.

 

Acrescentou que como uma das vítimas encontra-se ainda com vida a suspirar, entenderam deitar gasolina no interior do tanque e atear fogo.

 

Nataniel Minguês ordenou, igualmente, que os executores levassem a viatura moderna utilizada pelas vítimas que foi posteriormente comercializada por um milhão e 300 mil kwanzas na província de Benguela.

 

A Policia Nacional deteve os sete homens supostamente envolvidos na execução, o mandante, o alegado pai, um motorista e dois intermediários.

 

Os corpos dos cidadãos chineses foram descobertos por populares e os acusados detidos depois de um aturado trabalho de investigação da Polícia Nacional, referiu uma fonte da Investigação Criminal.