Luanda  - A Liga da Mulher Angolana - LIMA tomou conhecimento com grande pesar da condenação pelo Tribunal Provincial de Luanda dos 17 jovens revolucionários acusados de actos preparatórios de rebelião e de associação de malfeitores.

Fonte: UNITA

A LIMA vem por este meio repudiar a medida repressiva contra os jovens, que mais não fizeram, senão o exercício de direito de cidadania constantes na Constituição, nomeadamente a liberdade de consciência, de expressão, de reunião e de manifestação.


Nos termos da CRA todo cidadão tem o direito a um julgamento justo, célere e nos termos da lei, assim sendo em Angola ninguém devia ser perseguido em virtude das suas convicções ideológicas, pois na Republica de Angola não existem delitos de consciência.

 

Como mães e cidadãs prestamos a nossa solidariedade a estes jovens inocentes, suas respectivas mães, irmãs, esposas e demais familiares e perante tamanha e grosseira violação dos direitos humanos apelamos a uma profunda reflexão e acção para a mudança do actual regime político que a todos atormenta.

 

É urgente que em Angola se institucionalize um verdadeiro estado de direito democrático para que ninguém seja perseguido por causa das suas convicções políticas, ideológicas, religiosas, etc.

 

A LIMA entende que a condenação dos jovens pelo simples facto de se terem manifestado preocupados com a actual governação e realidade política e social dos angolanos, é uma estratégia do regime do Presidente José Eduardo dos Santos, tendente a induzir o medo e a manter dormentes as mentes criativas dos angolanos.

 

A LIMA aproveita a oportunidade para apelar a todas as mulheres angolanas para a necessidade de uma reflexão profunda sobre o rumo que o nosso país vem seguindo em matéria de violação dos direitos fundamentais dos cidadãos angolanos. Serve-se do ensejo para enaltecer a coragem e bravura das jovens Laurinda Gouveia e Rosa Konde, que abraçaram a causa dos desfavorecidos.

 

Se por pensarem diferente e criticarem abertamente a desgovernação do país, os nossos filhos são condenados a penas de prisão maior, como se de delinquentes se tratassem, nós as mães precisamos de ter consciência do momento crítico que o nosso país atravessa e passar a acção mobilizadora de todas as camadas da nossa sociedade para a mudança em 2017 em torno da UNITA, o único instrumento das transformações qualitativas.

Quem se cala perante as injustiças é conivente com as mesmas.

Luanda, aos 29 de Março de 2016
A LIGA DA MULHER ANGOLANA