Luanda - O controlo da audiência nas emissoras, quer sejam de tv como radiofónicas é uma questão de gente que percebe jornalismo, de facto. (aqui o/os do MPLA fazem e muito bem).

Fonte: Club-k.net


Nos últimos tempos, tem sido visível a disputa dos olhos na tela, por parte das TV angolanas, pelo menos com expressão nacional. A única TV pública, neste sentido de concorrência, teve que ser arrastada, sob pena de ficar zerada. É assim que, à terça-feira, introduziu o "Forum TPA", contrapondo de imediato o "Debate livre" da TVZimbo.

Agora, para revelar a luta de gigantes (ainda bem que assim é), a TPA nada mais poderia fazer do que seguir a mesma pegada, positivamente, colocando na noite de Sexta-feira, período em que a Zimbo vinha emitindo o seu Especial, um programa antigo, em termos de denominação, mas com novo formato. -falar claro.


Esta procura pelo terreno, é salutar em termos do alcance porquanto oferece ao público alvo alternativas e facilita, por conseguinte, a evolução mental dos mesmos.


Da Avaliação:

-Terças-feira, sou de opinião que a Zimbo continua com audiência acima da média e supera, de longe, a concorrente por dois motivos: - 1. Tem um moderador mais maduro, acutilante e familiarizado com audiência e que não tira partido, nos momentos em que os ideais dos seus "patrões" são colocados em causa; o que não ocorre no Forum TPA.

Em segundo lugar, a nossa pública, perde, grandemente, no aspecto dos temas agendados, pois, ainda continua com o "mau hábito" de querer a todo custo contentar o poder político, daí a alergia nalguns temas.

Quanto à sextas-feiras, entendemos que a análise deve ser diferenciada, porque o formato dos espaços difere. Mas, divide a audiência e aqui o " Falar Claro", poderá estar acima do Especial Zimbo, pelos seguintes motivos.

- Um espaço de análise com uma pessoa não oferece a oportunidade de confronto de ideias.

- o moderador (da TPA), é em nosso entender, mais chamativo, se comparado com o iustre Diogo, da Zimbo, pela firmeza com que coloca as questões, convicção e a imagem em si, fazendo juiz a ideia a qual, em televisão, a imagem é peça fundamental. (Mas tal reparo não se colocaria em questão se o mesmo espaço fosse feito por outra pessoa, por exemplo).

Porém, a vantagem do falar claro pode não ser considerada, por muito tempo, porquanto, neste inicial, ficou patente que, Adalberto Lourenço, não consegue, e não vai conseguir mesmo, ser isento e mero ouvinte, quando se tratar de questões em que os órgãos públicos forem citados pela negativa, tendo em atenção ao cargo que ocupa na RNA e o facto de não se desfazer, nalguns momentos, da linhagem partidária defendida por si e que, sem retirar de jeito algum, o seu profissionalismo, mérito, o leva a agalgar paços no dirigismo jornalístico na Rádio Pública.


De qualquer maneira, a "luta" deve ser saudada porque ajuda na evolução da mentalidade dos Cidadãos e por via disso o País ganha, daí o sonho de querer ter um País em que a média seja, de facto, isenta e sem os "tabus" na abordagem de temas actuais.

Como diria um ilustre Professor, - é preciso que os temas sociais tenham abordagem pública sem olhar para o ofício...