Lisboa – O segundo Secretario provincial do MPLA de Luanda, Jesuino Manuel Silva e um deputado do mesmo partido Nuno Caldas Albino “Carnaval” são citados como tendo se apresentado publicamente a encabeçar um movimento interno de militantes que se predispõe a encorajar o Presidente José Eduardo dos Santos (JES), a não abandonar o poder em 2018.

Fonte: Club-k.net

O Movimento dos dois dirigentes esteve presente nesta segunda-feira (4), no município do Icolo e Bengo, a acompanhar uma atividade de campo do Chefe de Estado, entoando cânticos com o refrão “Presidente não sai, continua só”.

 

Logo apos a divulgação e partilha do vídeo dos integrantes do movimento “Presidente não sai, continua só” levantaram-se nas redes sociais vozes internas acusando os dois dirigentes de terem prestado “um mau serviço ao partido”,   que contraria a vontade expressa do Presidente da República , em abandonar o poder nos próximos anos.

 

No seio do MPLA, há quem  alinham a tese de elementos da sociedade civil angolana  segundo a qual a imediata saída de Eduardo dos Santos da vida política activa  vai permitir com que Angola se democratize e tenha avanços quanto a questão dos direitos humanos.  

Jesuino Manuel da Silva, o rosto visível da iniciativa “Presidente não sai, continua só” é notabilizado como um mobilizador de outros actos de iniciativa partidária. Esteve associado ao movimento “justiça sem pressão” que realizava manifestação em frente ao tribunal que condenava os 17 activistas acusados de planearem um “Golpe de Estado” ao Presidente Eduardo dos Santos.

 

por chefiar actos que embaraçam a imagem do Presidente da República. No ano passado o Bloco Democrático acusou-lhe de ter ordenado o espancamento de um dos seus dirigentes juvenis. A quando ao julgamento dos 17 activistas esteve associado na contramão de um outro auto denominado movimento “justiça sem pressão”, numa altura em que o seu próprio partido propagava isenção dos assuntos do poder judicial.