Luanda - Os números não deixam dúvidas sobre a gravidade da situação econômica do país, muito embora alguns sectores tentassem mascarar a crise com interpretações convenientes e a negação dos dados captados pelas diversas consultorias econômicas.

Fonte: Club-k.net


Acreditar em mais uma história sobre “papai Noel” é negar a realidade econômica do país e abrir a porta para o fracasso.

 

Os motivos que levaram a atual situação econômica do país são muitos, mas alguns deles merecem um destaque especial. O primeiro deles é a total falta de investimentos em infraestrutura, que tem levado o país a perder competitividade tanto no ambiente interno quanto externo.

 

O segundo grande motivo de termos chegado ao ponto em que chegamos foi a total falta de planejamento estratégico de longo prazo para nossa economia. O governo vem trabalhando com uma estratégia de reação aos fatos, uma verdadeira operação tapa buraco, onde medidas emergenciais são adotadas para tratarem problemas que seriam facilmente resolvidos se houvesse um planejamento macro.

 

Enquanto a agricultura, indústria e serviço davam seu “sangue” para atingir patamares de produtividade e competitividade igual a do sector petrolífero, o Governo falhava no planejamento estratégico, infraestrutura e política fiscal.

 

Agora, é claro que, como em toda situação de incerteza, principalmente aproximando-se o ano eleitoral, certa dose de pânico acaba se instalando. Esse também não é o caminho para a solução do problema, pois em momentos de histeria, decisões precipitadas podem também acabar piorar o que já está mal.

 

Alternativas para a retomada do crescimento

 

Que a economia Angolana vai mal, todo mundo sabe, mas a pergunta é: De que forma podemos nos preparar para enfrentar e vencer o desafio de levar o país de volta aos rumos do crescimento? No que diz respeito ao empreendedorismo nacional,como se prepara para crise 2016 e estar pronto para uma eventual retomada do crescimento?

 

Uma retomada da economia Angolana não dependerá exclusivamente do Governo, acredito que cada um de nós tem o seu papel em termos de fomento do desenvolvimento do país, mas por parte de quem governa tem de haver mais humildade e sensibilidade em aceitar conselhos, é imprescindível a junção de esforços entre quem lidera e quem é liderado só assim poderemos provocar uma reversão da atual situação econômica do País, pois o uso de artifícios cínicos como a chamada contabilidade criativa das contas públicas não dará condições para que o país volte a crescer, só jogará mais para frente uma crise maior.

 

Os políticos e os governantes infelizmente, não são geralmente conhecidos por terem muita imaginação ou criatividade. Minha sugestão é que eles criem um clima que permita que a comunidade de empresários Angolanos sem ligações politicas sejam mais livres para inovar e tomarem o seu devido lugar no país, não acredito que os chineses e os nossos irmãos da África do Oeste sejam de todo mais “espertos” do que os Angolanos, nós podemos e devemos segurar a nossa economia.

 

Outra medida que felizmente já está em execução é o corte do excesso de servidores ou funcionários públicos, onde gastos com folha de pagamento deixa um buraco nos cofres do estado. Pois sistema possui muito funcionários fantasmas.

 

O ajuste fiscal também é inevitável para provocarmos uma reversão da atual situação econômica do País, infelizmente esta medida acaba pesando na cama mais baixa da população.

 

A atual situação econômica do País pode ser revertida, mas se depender apenas do governo, sem a colaboração dos empreendedores e sociedade civil, fica impossível.

 

Há uma expressão em Inglês: “Either, lead, follow or get out of the way!” traduzido significa “Ou lidere, siga, ou saia do caminho!” dentre as três aconselharia a o governo a seguir o caminho da junção de esforços.

 

Acreditem, este é o único caminho a seguir


Aristides Lemba